Jean Wyllys sai em defesa de vereadora ameaçada por fascistas: “Não toque na Talíria”

Talíria Petrone, Jean Wyllys e Marielle Franco na parada LGBT 2017 de Copacabana. Foto: Rodrigo Veloso

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), também ameaçado frequentemente por grupos fascistas ligados a parlamentares, saiu em defesa da sua amiga e companheira de partido, a vereadora por Niterói Talíria Petrone (PSOL-RJ). Através das suas redes, o deputado expressou a sua preocupação e fez denúncias. Os Jornalistas Livres publica, na íntegra, o que diz Jean. Confira:

“As ameaças contra minha amiga Talíria Petrone, a vereadora mais votada de Niterói, mulher, negra, feminista, defensora da comunidade LGBT, começaram há muito tempo. E não é por acaso. Ela defende as mesmas pautas que nós defendemos no Congresso, as mesmas que Marielle defendia na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Ela vem sendo difamada nas redes sociais por um vereador fascista ligado ao deputado fascista que é pré-candidato a presidente, o único que não repudiou o assassinato a sangue frio da Marielle, o mesmo cujos seguidores a difamam nas redes sociais mesmo depois de morta, sem pudor, sem limites.

Esse vereador fascista, depois do assassinato de Marielle, produziu um vídeo falso com imagens da Talíria, com uma montagem tosca que confundia a Talíria com a Marielle, como se fossem a mesma pessoa, e as acusava de “defender bandidos”. Uma mensagem mafiosa!

Talíria já recebeu ameaças de bomba no ano passado e sofre constantemente o ataque, o assédio moral e a difamação de seguidores do deputado e do vereador fascistas em suas redes. O que incomoda essa gente é que uma mulher corajosa, inteligente, honesta, feminista, negra e do PSOL seja a vereadora mais votada da cidade.

Mas saibam que ela não está sozinha! Não se atrevam a tocar na Talíria!

Nosso mandato vai usar todos os meios à disposição para cobrar proteção para ela. E exigimos à Polícia Federal, à Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro e às demais autoridades competentes a rápida investigação das ameaças e difamações contra ela e, em particular, a participação de autoridades públicas nesses crimes. É inadmissível que legisladores e até autoridades do judiciário (como comprovamos no caso da desembargadora que todos já conhecem) participem de campanhas de difamação e intimidação contra outras autoridades da República.

Estamos juntos, companheira Talíria!”

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