Gilberto Barros é condenado por crime de homofobia

Nesta terça-feira (16), Gilberto Barros foi condenado a dois anos de prisão pelo crime de homofobia. O acontecimento pode ser considerado histórico já que, pela primeira vez na Justiça brasileira, uma pessoa é condenada à prisão por homofobia. Apenas em 2019, a homofobia foi classificada como tipificação do crime de racismo, em que a pena prevista é de 1 a 3 anos, podendo ser convertida em trabalho comunitário e pagamento de cestas básicas. Em casos mais graves, a pena pode chegar a 5 anos.

Por Beatriz Pecinato

O jornalista Willian de Lucca foi o responsável por realizar a denúncia, e comemorou a vitória nas redes sociais. O apresentador já tinha sido condenado pela Secretaria de Justiça de São Paulo a pagar uma multa de R$ 32 mil reais, mas agora responderá criminalmente.

O crime

Em uma entrevista com Sônia Abrão para o portal Amigos do Leão, em 2020, Gilberto Barros fez a seguinte declaração: “Tinha que acordar as 2h30, 2h, e ainda presenciar, onde eu guardava o carro na garagem, beijo de língua de dois ‘bigode’, porque tinha uma boate gay ali na frente. Não tenho nada contra mas eu também vomito, eu sou gente. Naquela época ainda, chegando do interior. Hoje em dia se quiser fazer na minha frente faz. Apanha os dois, mas faz”. Durante a entrevista, Sônia Abrão não fez nenhum comentário repudiando a declaração.

O apresentador prestará serviços comunitários e deverá pagar cinco salários mínimos, que serão convertidos em cestas básicas para organizações sociais.

Quem é Gilberto Barros

Gilberto Barros é um jornalista, apresentador e radialista. Começou sua carreira na rádio nos anos 80, e ganhou notoriedade após assumir o comando do programa “Sabadaço”, transmitido pela rede Bandeirantes entre 2002 e 2007. Atualmente, o apresentador está longe da televisão, porém mantém um canal no Youtube desde 2017, chamado TV Leão, em que Gilberto aborda assuntos diversos e realiza entrevistas.

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