#FORATEMER. Campinas contra o golpe.

A indignação com o golpe e  a ameaça aos diretos trouxe  para o ato movimentos sociais, culturais, estudantis, sindicais, políticos, e principalmente a população que há anos que não ocupava as ruas da cidade. De modo geral, a manifestação, que aconteceu  dia 1º de setembro,  transcorreu pacificamente pelas ruas da região central contando apenas com alguns momentos os quais os ânimos se acirraram. Quando o ato passou em frente  a Igreja Universal, na Av. Campos Sales, usando palavras de ordem  como “o estado é laico”, “ fascistas não passarão”, “Eu beijo homem, beijo mulher, tenho direito de beijar quem eu quiser, os manifestantes demonstraram sua indignação contra as movimentações políticas de retrocesso que, passando por cima de um princípio democrático fundamental – a laicidade – vêm  bloqueando direitos e impondo risco às vidas das mulheres e da população LGBT principalmente.


Na Av. Francisco Glicério mais  momentos de manifestação contundente diante da equipe da EPTV  (emissora afiliada da Rede Globo), protestos como “ Fora Rede Globo”, “ O povo não é bobo abaixo à Rede Globo”, expressaram sua indignação à mídia sustentada pela oligarquia econômica que foi coautora do golpe ao manipular informações  e deturpar os fatos.  Em vários momentos houve buzinaço, aplauso e chuva de papel picado, vinda dos prédios residenciais, comerciais.
Faixas e cartazes  pediam  “Diretas Já”,  “Fora Temer” e  revindicavam os direitos, juntamente com manifestantes de todas as idades.
O ato foi acompanhado de perto pela Polícia Militar  e Guarda Municipal. Ambas as corporações ocuparam a Praça  Guilherme de Almeida, local da concentração, e todos os arredores do Largo do Rosário.
O final do ato, quando os manifestantes chegaram ao prédio da Prefeitura, foi marcado por um outro momento de tensão, desta vez o enfrentamento foi com a GM. A  Guarda Municipal  já havia  feito um cordão de isolamento e os manifestantes se aproximaram do cordão ocupando  toda a área  que cerca a sede do governo municipal. A GM estava armada com gás, armas de choque, escudos e cães. Advogados, ativistas e representantes dos Direitos Humanos intermediaram a relação entre a Guarda Municipal e os manifestantes. O ato encerrou-se pacificamente com dispersão natural, sem nenhum incidente.
Campinas há muito tempo não se manifestava politicamente com tanta veemência. O povo brasileiro  segue com força e coragem em meio ao golpe que o país recebe. Os espaços serão ocupados, e a resistência vai permanecer enquanto o governo golpista durar.

Outro ato está previsto para dia 6 de setembro, a partir das 18 horas, com concentração no Largo do Rosário.

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