Amigo-irmão de Vladimir Herzog, exemplo de coragem e destemor no enfrentamento do arbítrio: que falta Fernando nos faz neste momento em que a boa parte da imprensa se transformou em serviçal dos poderosos!
Fernando era diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo quando do suplício e assassinato do colega Vladimir Herzog, em 1975, nos porões do Doi-Codi. Em vez do silêncio, ele preferiu engolir o medo e saiu a enfrentar de peito aberto a Ditadura.
Foi um dos organizadores, com o então presidente do sindicato, Audálio Dantas, do ato ecumênico na Catedral da Sé, um dos primeiros protestos de massa contra o regime, e um marco histórico da luta pelas liberdades democráticas.
Seu nome ilumina o “Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão”, realizado pelo Instituto Vladimir Herzog desde 2009, destinado a prestigiar as boas práticas no jornalismo em Direitos Humanos.
Jornalistas Livres deixam aqui sua solidariedade amorosa à mulher, a socióloga Fátima Pacheco Jordão, e aos filhos Bia, Júlia e Rogério.
Fernando Pacheco Jordão seguirá como um farol de liberdade para os verdadeiros jornalistas.