Famílias denunciam ameaças durante as ocupações no Centro de SP

 

O #AbrilVermelho da Frente de Luta por Moradia (FLM) teve seu início na madrugada do dia 13 de abril. Foram mais de dez ocupações somente naquela madrugada (confira a cobertura dos #JornalistasLivres).

Na madrugada de 14 de abril algumas famílias que ocuparam um imóvel no Brás nos procuraram para denunciar o comportamento truculento de um segurança.

Amparados pela Constituição Federal de 1988 em seu artigo 182, § 2º, que expressa: A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor; os coordenadores da ação no Brás fizeram um Boletim de Ocorrência logo nas primeiras horas do dia 14, para informar as autoridades dos fatos.

Segundo o próprio segurança, a polícia foi chamada. Surpreendente (ou não?!)o depoimento do funcionário que contou:

“A polícia disse que não poderia fazer nada, que se quiséssemos teria que ser por nossa conta. Então eu falei: ‘vamos agir’ ”

As versões do segurança e das famílias divergem em parte. Ambos concordam que o segurança arrebentou a porta do imóvel com seu próprio veículo e que os ocupantes disseram que não iam sair.

O segurança afirma que, a partir de sua entrada, não houve qualquer tumulto ou agressão. Os ocupantes afirmam que ele teria entrado armado e ameaçado as pessoas que lá estavam.

A FLM confirma que no momento da chegada do segurança havia poucas pessoas no local. Boa parte das famílias que permaneceriam ali estavam trabalhando, as crianças em creches. No local estava apenas o “Grupo de Apoio”, formado por integrantes do FLM, que vão aos locais ocupados durante o dia para realizar uma limpeza e higienização do local, para que as famílias que trabalham possam encontrar o imóvel em melhores condições.

No momento da entrevista um outro segurança de terno e gravata estava protegendo o imóvel. Ele não estava presente no dia 14.

 

COMENTÁRIOS

POSTS RELACIONADOS

Sentença de morte joga famílias na rua!

Sentença de morte e não de reintegração joga famílias na rua!

Impossível ficar indiferente diante dessas cenas que retrata a forma desumana que 100 famílias foram jogadas na rua, durante reintegração do imóvel que ocupavam na Rua Augusta 400

Onde mora a esperança

Exposição fotográfica promove uma viagem por lares de 12 países, retratando as culturas e afetos A Casa das Rosas, em São Paulo, vem promovendo desde