Fake news pró-Bolsonaro espalham-se em grupos de WhatApp

Mensagens falsas a favor de Bolsonaro circulam em grupos de WhatsApp. Atualmente, 1.218 grupos estão sendo monitorados
Aplicativo em que as mensagens circularam. Imagem/Reprodução: Flickr
Aplicativo em que as mensagens circularam. Imagem/Reprodução: Flickr

Texto publicado na Folha de S.Paulo a partir de monitoramento de grupos de WhatsApp, realizado pela Folha/Quaest, mostra que se multiplicam mensagens falsas, falando sobre uma suposta tentativa de impugnar a chapa de Jair Bolsonaro. Há também fake news sobre as pesquisas de intenção de votos, em que Lula só teria 17% das intenções de voto. As mensagens, segundo a Quaest, foram enviadas mais de 90 mil vezes em grupos de WhatsApp em 20 dias. Atualmente, 1.218 grupos são monitorados, em que 42% do total estão ligados à direita, 14% à esquerda e 44% são indeterminados.

Um dos textos veiculados nos grupos analisados versa sobre um suposto trio que teria a intenção de acabar com a candidatura do atual presidente. Desse trio fariam parte Lula, José Dirceu e o PCC. Outro texto com a mesma temática afirma que o trio que quer impugnar a chapa de Bolsonaro é composto por Facchin, Barroso e “Xandinho do PCC”, numa alusão ao ministro Alexandre de Moraes.

Outras mensagens detectadas convocam apoiadores de Bolsonaro para o ato do dia de 7 de Setembro, e afirmam que “roubar na apuração está difícil, porque as Forças Armadas estão em cima”. O relatório Democracia Digital, realizado por pesquisadores das universidades federais da Bahia e Santa Catarina, mostrou que desde o início da convocação para o ato, os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) aumentaram.

Dentro desses grupos bolsonaristas, está circulando uma estatística de que Bolsonaro está ganhando com 62% das intenções de voto, o que já provou ser uma mentira, uma vez que quase todas as pesquisas mostram que Lula está 10 pontos acima do atual presidente. 

Segundo o monitoramento, a maioria dos compartilhamentos foi realizada em grupos bolsonaristas, com 91%, contra 3% em grupos lulistas e 6% em grupos com tema indeterminado. 

Os textos foram enviados para pouco mais de 220 grupos, e segundo o monitoramento, tiveram alcance estimado de 42 mil pessoas. Nos locais em que a mensagem mais foi compartilhada, ela apareceu cerca de 900 vezes.

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