Estamos todos na mesma canoa que afunda

 

Estamos todos ferrados, é a frase que, logo cedo, leio nas primeiras letras do dia.

 

Ah Deus, por que acordei tão cedo hoje?

 

Mas, na verdade, creio que tal abandono já passa de séculos, tal um Deus tão triste.

 

Recordo-me que, há dois anos, lia manchete na imprensa peruana, logo bem cedo também:

Nada se altera, apenas temos sustos fartos. Antigos profetas falavam sempre dessas futuras tragédias que nos envolvem, dia a dia, sacrificando tanta coisa que vive, pulsa em seu canto.

 

A gente pisa, come, queima. Um come o outro, nada mais natural, mas mata-se por que mata-se, na conquista das terras, na conquista de mercado e poder.

Ser gente dá uma puta vergonha, quando se encontra um monte de porcos atravessando o rio, ou mesmo aquela multidão de borboletas fazendo alvoroço nas praias de rio. Até diante de peixe, sinto certa vergonha de gente.

Fico encabulado com tanta arrogância de minha espécie, ser humano é pura sandice no mundo futuro que finda.

 

Chega de saudade, a realidade
É que sem ela não há paz
Não há beleza, é só tristeza
E a melancolia que não sai de mim

 

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