Entidades criam observatório das escolas militarizadas

Com o lema “por uma educação plural, democrática e de qualidade”, dezoito entidades, coletivos, fóruns, articulações e movimentos sociais e populares lançam observatório com objetivo de monitorar escolas militarizadas, uma iniciativa do governo federal que vem ganhando adesão nas Unidades da Federação.

ENTIDADES LANÇAM OBSERVATÓRIO DAS ESCOLAS MILITARIZADAS

Com o lema “por uma educação plural, democrática e de qualidade”, dezoito entidades, coletivos, fóruns, articulações e movimentos sociais e populares lançam observatório com objetivo de monitorar escolas militarizadas, uma iniciativa do governo federal que vem ganhando adesão nas Unidades da Federação.

Em reação à implantação do programa no Paraná, que pretende militarizar mais de 200 escolas, representações estudantis, docentes e de movimentos sociais que tematizam a educação e direitos humanos se aproximaram para construir o Observatório das Escolas Militarizadas – OEM, com o objetivo de promover ações de monitoramento, levantamento de dados e medidas políticas e judiciais contra violações de direitos da comunidade escolar.
Sem qualquer diálogo com a sociedade, o Governo do Paraná enviou projetos de Leis à Assembléia Legislativa e articulou sua votação em caráter de urgência durante a pandemia e recesso legislativo, com uma atabalhoada consulta à comunidade escolar, convocada a opinar em voto aberto e presencialmente, quando as autoridades sanitárias recomendavam o distanciamento social.
O OEM surgiu organicamente e aproxima entidades representativas de docentes, trabalhadores da educação e de estudantes, coletivos, núcleos e centros de pesquisa, movimentos sociais e populares que já vinham atuando em conjunto ou isoladamente contra retrocessos na educação. São representações de populações diretamente afetadas pela militarização do ensino. O formato de observatório pareceu o melhor para congregar essa pluralidade de vozes, metodologias e experiências. Mas também porque inverteria a lógica de vigilância sobre docentes em razão da propagação dos ideais do movimento escola sem partido e da narrativa da ideologia de gênero.
Com lançamento para o dia 24 de maio de 2021 às 17h via transmissão ao vivo no Facebook do Observatório das Escolas Militarizadas, sua executiva irá apresentar, pela ótica dos direitos humanos, seus objetivos e plano de atuação. O evento contará com a presença do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, Professor Heleno Araújo, pela liderança estudantil Rosana Barroso e pela jurista, advogada e ex-Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, Dra. Deborah Duprat.

Entidades que compõem a iniciativa:

APP Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Paraná
Articulação Paranaense por uma Educação do Campo
Associação Nacional de Juristas pelos Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Intersexuais – ANAJUDH – LGBTI

Auditoria Cidadã da Dívida Pública de Curitiba
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Conselho em Direitos Humanos Estado do Paraná – COPEDH
Direitos em Movimento/UFPR
Fórum Paranaense de Educação de Jovens e Adultos
Fórum Permanente de Educação Étnico Racial do Paraná – FPEDER
Laboratório de Investigação em Corpo, Gênero e Subjetividades na Educação DA UFPR – LABIN
Liga Brasileira de Lésbicas – LBL
Mães pela Diversidade
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre o Ensino de Filosofia da UFPR – NESEF
Observatório do Ensino Médio da UFPR
Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade da UFPR – SIPAD
Terra de Direitos
União Paranaense dos Estudantes Secundaristas

Escolas militarizadas

COMENTÁRIOS

2 respostas

  1. Paraná sendo Paraná.
    Que repupliqueta mais vil.
    Deus é mais!!!

  2. Como o Observatório de Educação Básica da FE UnB pode integrar o Observatório de escolas militarizadas?

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