Entenda o plano do PSDB para a Educação (ou por que São Paulo, Paraná e Goiás têm escolas em luta)

Foto: Fernando Sato

Em 2015, professores da rede pública de seis estados desafiaram os governos estaduais com uma greve que buscava não só melhores salários como também uma escola pública de qualidade. Em São Paulo, foram 92 dias. No Paraná, com 50 dias de greve, a violência policial contra os servidores públicos, manifestantes e jornalistas mostrou quem era a PM do governador Beto Richa (PSDB).
Greve dos Professores_Paraná_2015Em São Paulo, a truculência da PM contra os estudantes não foi diferente com o projeto de “reorganização” das escolas. Após o levante dos secundaristas pelas ruas e pelas mais de 200 ocupações, Geraldo Alckmin (PSDB), que não recuou durante a greve, cedeu, temporariamente, às reivindicações e suspendeu a aplicação do plano para 2016.
Em Goiás, desde dezembro, os estudantes seguem na luta contra a militarização do ensino e a imposição do governador Marconi Perillo (PSDB), em transferir a gestão das escolas públicas a organizações sociais. Até o momento, são 27 escolas ocupadas.

O que há por trás dessas medidas? Neste primeiro vídeo de uma série de quatro blocos, o Diretor da Faculdade de Educação da UNICAMP, Luís Carlos de Freitas, explica aos Jornalistas Livres quais são os atalhos impostos pelos governadores contra a escola pública de qualidade.

Reportagem: Laura Capriglione e Jeniffer Mendonça / Edição: Oscar Freitas Neto, especial para os Jornalistas Livres.

COMENTÁRIOS

8 respostas

  1. Transferir a educação a iniciativa privada omitindo da sociedade o que está em jogo é próprio de políticos sem escrúpulos preocupados em se manter no poder sacrificando a formação do verdadeiro cidadão. A exemplo servifores publicos professores que requerem uma formação superior quando não mestres e doutores, deveriam exigir também dos servidores na segurança pública uma formação mais qualificada ridículo um soldado armado sair a rua para defender o cidadão com exigência de apenas o ensino fundamental…estes dervifores sim tinham que privatizar.

  2. Transferir a educação a iniciativa privada omitindo da sociedade o que está em jogo é próprio de políticos sem escrúpulos preocupados em se manter no poder sacrificando a formação do verdadeiro cidadão. A exemplo servifores publicos professores que requerem uma formação superior quando não mestres e doutores, deveriam exigir também dos servidores na segurança pública uma formação mais qualificada ridículo um soldado armado sair a rua para defender o cidadão com exigência de apenas o ensino fundamental…estes servidores sim tinham que privatizar.

  3. Venho afirmando que o processo de privatização, concessão, terceirização (são modelos distintos com os mesmos objetivos) é irreversível. O PSDB aqui em São Paulo só não foi adiante porque ainda existem conflitos internos e é claro muito medo de perder o comando político do Estado mesmo que seja por um mandato, porém o grupo do atual governador é um dos centros mais conservadores e nebulosos da história política do Estado é o encontro das velhas oligarquias retrogradas pré republicanas com o interesse do capital financeiro especulativo.Essas altas rodas de interesses, produzem racionalização administrativa da educação, tais como a reorganização e atualmente a judicialização da educação quando o governador nomeia um jurista sem conhecimento algum em educação para comandar a secretária, apesar de ser um negociador(mediador)para solução de conflitos. Retomando a questão do processo de privatização, concessão e terceirização,sem a arrogância de esclarecer o futuro, penso que as escolas públicas bem localizadas e com boa estrutura material e alta demanda será oferecida para as grandes empresas de educação do mercado a um custo aluno/qualidade muito bem remunerado, sem antes é claro de um belo acordo político, quanto as escolas de periferia e degradadas serão oferecidas a associações de professores para simular que o processo é democrático com um mirrado repasse de verba pública que mal sustentará a escola até o final do ano letivo. Essa situação pode ser revertida? Sim, pois não há mudança sem resistência e quem entende de educação não é somente os professores e burocratas administrativos do Estado. 2015 ainda não acabou vai continuar e muita luta está por vir.

  4. Pessoal, antes de mais nada parabéns pelo trabalho que estão fazendo no site! Precisamos espalhar mais o exemplo do bom jornalismo como o que vocês fazem.
    Só uma dica pra vocês: organizem os vídeos particionados, como o dessa matéria, em playlists no Youtube. Ajuda mais os visualizadores a percorrer os videos do mesmo tema/entrevista.

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