Diário do Bolso: Caguei! Tô no fundo da fossa

Na verdade, privado Diário, eu estou me cagando é de medo. Ontem saiu uma pesquisa do DataFoice dizendo que eu já estou com rejeição de 51%. E nem dá para dizer que eles estão manipulando, porque a XP soltou outra pesquisa e deu 52%. É meu recorde.

Por José Roberto Torero

Diário, estou aqui no banheiro do Palácio do Planalto escrevendo em você. Então vou te contar privadamente que ontem eu perdi a estribeira. É, perdi. Soltei um “Caguei!” na minha live.

Um, não. Um monte! Uma verdadeira diarreia.

É que a CPI mandou uma carta falando pra eu me pronunciar sobre a afirmação dos irmãos Miranda, segundo a qual eu citei o Ricardo Barros quando eles falaram que tinha treta na compra da Covaxin.

Mas eu não posso fazer isso, Diário. Tenho que dar uma de intestino preso e não soltar nada. É que, se eu mentir, eles podem ter gravado tudo e eu passo por mentiroso. E, se eu disser a verdade, vou ferrar o Ricardo Barros e, pior, vou assumir que fui avisado e não tomei nenhuma atitude. Então o jeito é ficar na moita.

Na verdade, privado Diário, eu estou me cagando é de medo. Ontem saiu uma pesquisa do DataFoice dizendo que eu já estou com rejeição de 51%. E nem dá para dizer que eles estão manipulando, porque a XP soltou outra pesquisa e deu 52%. É meu recorde.

Caguei e  tô no fundo do poço. Ou da fossa

 #diariodobolso

José Roberto Torero é autor de livros, como “O Chalaça”, vencedor do Prêmio Jabuti de 1995. Além disso, escreveu roteiros para cinema e tevê, como em Retrato Falado para Rede Globo do Brasil. Também foi colunista de Esportes da Folha de S. Paulo entre 1998 e 2012.

PS: Diarinho, me perdoe, mas esqueceram de botar papel higiênico aqui no banheiro. Vou ter que usar umas folhas suas…

Mais uma do falso mito

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornalistas Livres

COMENTÁRIOS

2 respostas

  1. Além de genocida, incompetente, ignorante, mamador das tetas do Estado e incapaz de qualquer ato de dignidade o elemento ainda é um CAGÃO!
    Brasil, 2021, triste realidade.

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