Destaques da posse de Maduro

Foto: VTV

Ontem, 10/01, o Presidente eleito Nícolas Maduro tomou posse para o seu segundo mandato, 2019-2025. Em uma cerimônia que ocorreu em frente ao Supremo Tribunal de Justiça, e não na frente da Assembleia Nacional (o equivalente ao Congresso Nacional brasileiro) por conta das disputas entre o governo Chavista e a oposição, ligada aos EUA. O pleito contou com 8,6 milhões de votos, dos quais o presidente recebeu  5.823.728.

Em um momento que o presidente enfrenta uma situação desfavorável no continente, que tem vivido dias de golpes, com a chegada da extrema direita em vários países como Brasil, Argentina e Colômbia, Maduro reforça a importância da independência Latino-Americana das influências do norte global, em especial estadunidense, e que é necessário buscar a intensificação das relações entre os países da América do Sul e Caribe. A Venezuela, por conta de sua aproximação com China e Rússia, além de suas reservas de petróleo, se tornou o alvo principal dos Estados Unidos da América e dos países que passaram a se submeter ao comando norte americano.

Abaixo algumas das frases marcantes do discurso proferido:

Quero saudar os representantes dos 94 países que têm se apresentado o dia de hoje, países que respeitam a Venezuela, que respeitam a soberania do povo, que respeitam e amam o nosso país, sejam bem-vindos.

 

Este ato contido no artigo 231 da Constituição é um ato de paz, porque todo ato que certifique e faz cumprir a letra, a palavra e o espírito da CRBV são eventos que se somam ao conjunto das forças institucionais da Paz.

 

Aqui estou! tenho cumprido a Constituição, está certificado meu juramento e desde hoje assumo a presidência da República para o segundo período eleito pelo povo 2019-2015. Aqui estou! Pronto, de pé, para democraticamente levar a condução de nossa pátria até um destino melhor.

 

Este tricolor, irmãos de Colômbia e Equador, é o mesmo tricolor, porque fomos fundados e libertados pelo mesmo exército.

 

Eu venho das favelas populares de Caracas, venho de uma forja que só pode se entender se é vivida, se você percorreu pessoalmente a luta dos bairros, dos pobres, dos humildes(…) nossa escola não tem sido, nem é a escola das ditaduras, nem do imperialismo.

 

Somos uma democracia verdadeira! Profunda, popular, revolucionaria. Uma democracia da classe operária, dos humildes, dos trabalhadores. Somos uma democracia do povo de verdade verdadeira não uma democracia das elites, dos magnatas, dos super- milionários que chegam ao poder para enriquecer a seus grupos econômicos.

 

Os povos de América Latina e do Caribe temos que lutar para que prevaleça o diálogo entre a diversidade, prevaleça o espírito bolivariano da união e da integração sobre a intolerância ideológica das direitas que querem se impor porque sim.

 

Na próxima segunda-feira, na Assembleia Nacional Constituinte anunciarei um conjunto de ações no marco do Programa de Recuperação, Crescimento e Prosperidade Econômica, para continuar levando as rendas da guerra econômica e protegendo o povo.

 

Tenho dado 48 horas para que os governos do Cartel de Lima retifiquem sobre os limites  marítimos e territoriais de Venezuela, senão a Venezuela terá de tomar medidas firmes e contundentes para defender a sua independência, a integridades e a soberania da República. Não temos outro caminho!

 

Quero um novo começo da Revolução Bolivariana, quero mudar tudo o que tenha que ser mudado para melhorar a vida do povo e do país, para consolidar a independência e soberania, para alcançar o caminho sem volta da prosperidade e o crescimento econômico, para alcançar a proteção e o sono da felicidade social.

 

Falo aos meios de comunicação, que estão aqui presentes, isto é uma luta que envolve uma grande mudança cultural, comunicacional de uma sociedade (…) aspiramos sim uma sociedade superior, tem que ser uma sociedade baseada em princípios, em valores, na honestidade.

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