O grupo Prerrogativas de advogados e juristas cobrou o Ministério Público Federal (MPF) e o Supremo Tribunal Federal (STF) por investigações dos supostos casos de tráfico sexual infantil na Ilha de Marajó (PA) declarados por Damares Alves. Na frente de crianças, a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos e eleita senadora do DF, denunciou casos de crimes sexuais na Assembleia de Deus Ministério Fama em Goiás que contou com a presença de Michelle Bolsonaro.
Por Jornalistas Livre
As declarações de Damares foram registradas em vídeo publicado por Flávio Bolsonaro, filho 01 de Jair Bolsonaro (PL), em suas redes sociais. Na gravação, a senadora bolsonarista conta que possui “imagens de crianças de 4 anos, 3 anos que, quando cruzam as fronteiras, têm seus dentes arrancados para não morderem na hora do sexo oral”. Ela ainda adiciona: “nós descobrimos que essas crianças comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal.”
Dentre os pedidos do coletivo de advogados estão a verificação das denúncias feitas por Damares e, caso sejam verdadeiras, quais foram as providências tomadas por Damares quando era ministra e pelo presidente Bolsonaro para a “apuração de tamanhas atrocidades”. Além disso, o grupo também pede para que os dois sejam investigados por prevaricação, visto que não se tem notícia de nenhuma medida tomada para o combate dessa situação de conhecimento de ambos.
Por outro lado, os advogados não excluem a possibilidade das declarações serem mentirosas e com o objetivo de “alimentar discursos de ódio e tumultuar o processo eleitoral”, uma vez que, no vídeo, as violências são dadas como “resquícios de PT pelo Brasil”. Dessa forma, cobram que a ex-ministra seja intimada a apresentar “provas do que alegou” e alertam para a urgência do combate à propagação de mentiras.
O MPF já cobrou ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos informações dos casos denunciados pela ex-chefe da pasta, Damares Alves, na segunda-feira (10). O ofício foi encaminhado à Tatiana Barbosa de Alvarenga, secretária executiva do Ministério, e exige todos os detalhes que a pasta possui sobre as violências.
Resposta de Damares
A senadora ainda não se pronunciou diretamente após os pedidos por esclarecimento dos casos. No entanto, no mesmo dia em que a pasta foi notificada pelo MPF, Damares posta um vídeo em suas redes sociais com outra denúncia. Dessa vez, declara que foi vítima de uma ameaça de morte propagada no dia de sua eleição.
“Querem matar a mim e o presidente, por que tanto ódio aos evangélicos?”, destacou na gravação. Sem mencionar o caso pela qual está sendo questionada, Damares cria mais uma cortina de fumaça para suas invenções abjetas.
