Por: Frei Betto
Poucos ignoram minha solidariedade à Revolução Cubana. Há 40 anos visito com frequência a Ilha, em função de compromissos de trabalho e convites a eventos. Por longo período intermediei a retomada do diálogo entre bispos católicos e o governo de Cuba, conforme descrito em meus livros “Fidel e a religião” (Fontanar/Companhia das Letras) e “Paraíso perdido – viagens ao mundo socialista” (Rocco). Atualmente, contratado pela FAO, assessoro o governo cubano na implementação do Plano de Soberania Alimentar e Educação Nutricional.
Conheço em detalhes o cotidiano cubano, inclusive as dificuldades enfrentadas pela população, os questionamentos à Revolução, as críticas de intelectuais e artistas do país. Visitei cárceres, conversei com opositores da Revolução, convivi com sacerdotes e leigos cubanos avessos ao socialismo.
Quando dizem a mim, um brasileiro, que em Cuba não há democracia, desço da abstração das palavras à realidade. Quantas fotos ou notícias foram ou são vistos sobre cubanos na miséria, mendigos espalhados nas calçadas, crianças abandonadas nas ruas, famílias debaixo de viadutos? Algo semelhante à cracolândia, às milícias, às longas filas de enfermos aguardando anos para serem atendidos num hospital?
Advirto os amigos: se você é rico no Brasil e for viver em Cuba conhecerá o inferno. Ficará impossibilitado de trocar de carro todo ano, comprar roupas de grife, viajar com frequência para férias no exterior. E, sobretudo, não poderá explorar o trabalho alheio, manter seus empregados na ignorância, “orgulhar-se” da Maria, sua cozinheira há 20 anos, e a quem você nega acesso à casa própria, à escolaridade e ao plano de saúde.
Se você é classe média, prepare-se para conhecer o purgatório. Embora Cuba já não seja uma sociedade estatizada, a burocracia perdura, há que ter paciência nas filas dos mercados, muitos produtos disponíveis neste mês podem não ser encontrados no próximo devido às inconstâncias das importações.
Se você, porém, é assalariado, pobre, sem-teto ou sem-terra, prepare-se para conhecer o paraíso. A Revolução assegurará seus três direitos humanos fundamentais: alimentação, saúde e educação, além de moradia e trabalho. Pode ser que você tenha muito apetite por não comer o que gosta, mas jamais terá fome. Sua família terá escolaridade e assistência de saúde, incluindo cirurgias complexas, totalmente gratuitas, como dever do Estado e direito do cidadão.
Nada é mais prostituído do que a linguagem. A celebrada democracia nascida na Grécia tem seus méritos, mas é bom lembrar que, na época, Atenas tinha 20 mil habitantes que viviam do trabalho de 400 mil escravos… O que responderia um desses milhares de servos se indagado sobre as virtudes da democracia?
Não desejo ao futuro de Cuba o presente do Brasil, da Guatemala, de Honduras e ou mesmo de Porto Rico, colônia estadunidense, à qual é negada independência. Nem desejo que Cuba invada os EUA e ocupe uma área litorânea da Califórnia, como ocorre com Guantánamo, transformada em centro de torturas e cárcere ilegal de supostos terroristas.
Democracia, no meu conceito, significa o “Pai nosso” – a autoridade legitimada pela vontade popular -, e o “pão nosso” – a partilha dos frutos da natureza e do trabalho humano. A rotatividade eleitoral não faz, nem assegura uma democracia. O Brasil e a Índia, tidas como democracias, são exemplos gritantes de miséria, pobreza, exclusão, opressão e sofrimento.
Só quem conhece a realidade de Cuba anterior a 1959 sabe por que Fidel contou com tanto apoio popular para levar a Revolução à vitória. O país era conhecido pela alcunha de “prostíbulo do Caribe”. A máfia dominava os bancos e o turismo (há vários filmes sobre isso). O principal bairro de Havana, ainda hoje chamado de Vedado, tem esse nome porque, ali, os negros não podiam circular…
Cuba é uma ilha com poucos recursos. É obrigada a importar mais de 60% dos produtos essenciais ao país. Com o arrocho do bloqueio promovido por Trump (243 novas medidas e, até agora, não removidas por Biden), e a pandemia, que zerou uma das principais fontes de recursos do país, o turismo, a situação interna se agravou. Os cubanos tiveram que apertar os cintos. Então, os insatisfeitos com a Revolução, que gravitam na órbita do “sonho americano”, promoveram os protestos do domingo, 11 de julho – com a “solidária” ajuda da CIA, cujo chefe acaba de fazer um giro pelo Continente, preocupado com o resultado das eleições no Peru e no Chile.
Os EUA nunca se conformaram por ter perdido Cuba sujeita às suas ambições. Por isso, logo após a vitória dos guerrilheiros de Sierra Maestra, tentaram invadir a Ilha com tropas mercenárias. Foram derrotados em abril de 1961. No ano seguinte, o presidente Kennedy decretou o bloqueio a Cuba, que perdura até hoje.
Quem melhor pode explicar a atual conjuntura de Cuba é seu presidente, Diaz-Canel:
“Começou a perseguição financeira, econômica, comercial e energética. Eles (a Casa Branca) querem que se provoque um surto social interno em Cuba para convocar “missões humanitárias” que se traduzem em invasões e interferências militares.”
“Temos sido honestos, temos sido transparentes, temos sido claros e, a cada momento, explicamos ao nosso povo as complexidades dos dias atuais. Lembro que há mais de um ano e meio, quando começou o segundo semestre de 2019, tivemos que explicar que estávamos em situação difícil. Os EUA começaram a intensificar uma série de medidas restritivas, endurecimento do bloqueio, perseguições financeiras contra o setor energético, com o objetivo de sufocar nossa economia. Isso provocaria a desejada eclosão social massiva, para poder apelar à intervenção “humanitária”, que terminaria em intervenções militares”.
“Essa situação continuou, depois vieram as 243 medidas (de Trump, para arrochar o bloqueio) que todos conhecemos e, finalmente, decidiu-se incluir Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo. Todas essas restrições levaram o país a cortar imediatamente várias fontes de receita em divisas, como o turismo, as viagens de cubano-americanos ao nosso país e as remessas de dinheiro. Formou-se um plano para desacreditar as brigadas médicas cubanas e as colaborações solidárias de Cuba, que recebeu uma parte importante de divisas por essa colaboração.”
“Toda essa situação gerou uma situação de escassez no país, principalmente de alimentos, medicamentos, matérias-primas e insumos para podermos desenvolver nossos processos econômicos e produtivos que, ao mesmo tempo, contribuam para as exportações. Dois elementos importantes são eliminados: a capacidade de exportar e a capacidade de investir recursos.”
“Também temos limitações de combustíveis e peças sobressalentes, e tudo isso tem causado um nível de insatisfação, somado a problemas acumulados que temos sido capazes de resolver e que vieram do Período Especial (1990-1995, quando desabou a União Soviética, com grave reflexo na economia cubana). Juntamente com uma feroz campanha mediática de descrédito, como parte da guerra não convencional, que tenta fraturar a unidade entre o partido, o Estado e o povo; e pretende qualificar o governo como insuficiente e incapaz de proporcionar bem-estar ao povo cubano.”
“O exemplo da Revolução Cubana incomodou muito os EUA durante 60 anos. Eles aplicaram um bloqueio injusto, criminoso e cruel, agora intensificado na pandemia. Bloqueio e ações restritivas que nunca realizaram contra nenhum outro país, nem contra aqueles que consideram seus principais inimigos. Portanto, tem sido uma política perversa contra uma pequena ilha que apenas aspira a defender sua independência, sua soberania e construir a sua sociedade com autodeterminação, segundo princípios que mais de 86% da população têm apoiado.”
“Em meio a essas condições, surge a pandemia, uma pandemia que afetou não apenas Cuba, mas o mundo inteiro, inclusive os Estados Unidos. Afetou países ricos, e é preciso dizer que diante dessa pandemia nem os Estados Unidos, nem esses países ricos tiveram toda a capacidade de enfrentar seus efeitos. Os pobres foram prejudicados, porque não existem políticas públicas dirigidas ao povo, e há indicadores em relação ao enfrentamento da pandemia com resultados piores que os de Cuba em muitos casos. As taxas de infecção e mortalidade por milhão de habitantes são notavelmente mais altas nos EUA que em Cuba (os EUA registraram 1.724 mortes por milhão, enquanto Cuba está em 47 mortes por milhão). Enquanto os EUA se entrincheiravam no nacionalismo vacinal, a Brigada Henry Reeve, de médicos cubanos, continuou seu trabalho entre os povos mais pobres do mundo (por isso, é claro, merece o Prêmio Nobel da Paz).
“Sem a possibilidade de invadir Cuba com êxito, os EUA persistem com um bloqueio rígido. Após a queda da URSS, que proporcionou à ilha meios de contornar o bloqueio, os EUA tentaram aumentar seu controle sobre o país caribenho. De 1992 em diante, a Assembleia Geral da ONU votou esmagadoramente pelo fim desse bloqueio. O governo cubano informou que entre abril de 2019 e março de 2020 Cuba perdeu 5 bilhões de dólares em comércio potencial devido ao bloqueio; nas últimas quase seis décadas, perdeu o equivalente a 144 bilhões de dólares. Agora, o governo estadunidense aprofundou as sanções contra as companhias de navegação que trazem petróleo para a ilha.”
É essa fragilidade que abre um flanco para as manifestações de descontentamento, sem que o governo tenha colocado tanques e tropas nas ruas. A resiliência do povo cubano, nutrida por exemplos como Martí, Che Guevara e Fidel, tem se demonstrado invencível. E a ela devemos, todos nós, que lutamos por um mundo mais justo, prestar solidariedade.
Frei Betto é escritor (freibetto.org). Assine e receba todos os artigos e livros do autor: [email protected]
57 respostas
É muito bom ter a visão do ” outro lado ” , “fora da caixa “!!!
Conheci a Ilha no final dos anos oitenta. Adorei as cidades e os nossos irmãos cubanos que nos receberam muitissimo bem. Ultimamente estava tentando passar uma temporada lá, mas a pandemia não está permitindo a minha entrada lá. Mesmo assim, gostaria muito de visitá-la. Estou muito triste e desalentada com essa brutalidade que vem se agravando cada vez mais na América latina. Ganho pouco, sempre lutei por um mundo melhor, mas o dinheiro fala mais alto. Lamento muito por meus irmãos cubanos e sinto indignação pela crueldade dos detentores do poder que engordam cada vez mais com as aflições de povos que só querem ter o direito de viver dignamente. É angustiante, Edil Andrade, Sergipana radicada em São Paulo capital.
Importantíssimo o seu relato uma vez que só nos chega a visão daqueles contrários ao governo cubano.
Parabéns, obrigado pela informação contextualizada, tão rara nos dias de hoje.
Poizé, talvez o que esteja em disputa seja uma revolução dentro da revolução, já que nada ali nem seja nem é estável. Aliás em parte alguma, e aí está a grande questão: como ser feita uma crítica em ciência política de um regime que ainda não pode se completar inteiramente, e sequer poderá um dia, dadas as condições econômicas instalada profundamente no âmago da sociedade como um todo. As tensões contínuas norte americanas só fazem incrementar essas condições generalizadas em toda a parte do país. E isto só pode ser lamentado em termos internacionais.
Parabéns frei Beto por seu testemunho de fé e de cidadão do mundo.
É isso! Viva Cuba!!!
É a verdade nua e crua . Veremos se alguma vez os culpados serão julgados no Tribunal Penal Internacional !
Muito bom saber da história por quem a estuda e vive por dentro.
Gostaria de perguntar ao autor que possui experiência no cotidiano Cubano, se é verdade que os Cubanos que querem emigrar são proibidos de deixar o país sem autorização?
Outra pergunta seria qual o problema em se protestar por acesso a alimentação e melhor qualidade de vida? Coibir tais protestos não seria um crime humanitário?
Cuba um belo povo com governo que zela pelo bem estar social do seu povo, que muito gostei de conhecer. Também conheço Nova York que tem miséria e luxo idiota
Sem dúvida, um texto elucidativo e verdadeiro sobre Cuba. Pena não passar nos órgãos sociais
Parabéns Frei Beto!
Análise perfeita!
Frei Betto relata com precisão os acontecimentos em Cuba a partir da revolução cubana até o presente. É importante ler o texto de Frei Betto simultaneamente com jornalistas de direita. Frei Betto mostra fatos que podem ser verificados em documentos, como os referentes à invasão da Baia dos porcos em 1961 por mercenários financiados pelos Estados Unidos. A invasão foi derrotada pelos cubanos liderados por Fidel Castro. Cheguei a Berkeley em 1961 pouco depois dessa invasão frustrada. Conversava com colegas e alguns professores que invariavelmente me perguntavam sobre a revolução cubana. Muitos eram simpáticos à revolução cubana, mas achavam que Fidel deveria mostrar boa vontade e dialogar com os americanos. Eu procurava explicar-lhes que não havia condições de haver diálogo, pois as refinarias de petróleo em Cuba eram da Standard Oil, que se negaram a refinar o petróleo importado por Cuba da União Soviética. Portanto isso era inegociável pois o governo de Cuba perderia o controle de sua economia. Procuro chamar a atenção de como funcionava a propaganda interna mesmo para pessoas que não eram contra Cuba. Frei Betto ilustra como a política opressiva, de ameaças de invasão e principalmente o bloqueio econômico criaram problemas enormes para Cuba. A liderança de Fidel Castro e as as políticas adotadas na área educacional, de saúde e sociais por Cuba foram as bases da manutenção de sua integridade. Vários jornalistas publicaram hoje na Folha de São Paulo artigos contra Cuba destituídos de fatos repisando chavões conhecidos.
Povo Cubano um povo valente com uma resistência de gigante. O bloqueio do imperialismo e de uma covardia que o mundo democrático precisa se solidariza com medidas concreta em favor de Cuba?
Maravilhoso! Esclarecedor! Compartilho com honra. Para muita gente ter um pouco de consciência das verdades que nunca souberam por falta de conhecimento e alienação. Chega!
Texto muito esclarecedor.
Que lufada de ar fresco. Obrigado Rei Betto. Comungo na mesma ideia de fraternidade.
“se você é rico no Brasil e for viver em Cuba conhecerá o inferno.”
“se você é classe média, prepare-se para conhecer o purgatório.”
“se você, porém, é assalariado, pobre, sem-teto ou sem-terra, prepare-se para conhecer o paraíso.”
O autor apenas confirma como no socialismo e comunismo a distribuição igualitária possível é da pobreza. O autor apenas confirma que o pobre não pode progredir, pois se deixar a pobreza e subir para o nível de classe média conhecerá o purgatório. Se subir mais uma vez de nível e atingir a riqueza conhecerá o inferno, ou seja, em Cuba ninguém pode progredir, do contrário irá para o purgatório e para o inferno.
O interessante é o Frei chamar o país de paraíso, mas preferir apenas visitá-lo e não viver permanente nesse lugar. Isso não é um ataque, é apenas uma questão lógica. De um paraíso ninguém quer ir embora. De Cuba fogem em botes.
Faltou coerência no autor, comum isso acontecer em quem defende esses regimes, lógica, coerência não é o forte.
Um artigo esclarecedor.
Grande revisada e grata Frei Betto pela panorâmica, pois sou amarradíssima em seus artigos.
Continue!
Parabens el senhor sempre foi honesto y leal como los pobres de mundo.
Perfeito, Beto !! É exatamente isso ! Um pequeno documentário sobre a situação do Brasil hoje seria interessante de mostrar para os intelectuais cubanors e o clero ,etc. Grande e fundamental missão a sua ! Seu texto é didático e .e honesto ! Um abraço
É um povo lutador. Nem quero imaginar como seria na Europa, sendo sujeitos a tudo o que Cuba tem sido nesses 60 anos.
São um exemplo de resistência.
Bravo!!!!!
Estive em Cuba nos anos 90, sem mendigos na rua, com bibliotecas abertas até de noite!
Excelente texto. Porém, o pensamento único inoculado pela máquina ideológica da burguesia é difícil de contrariar. Quantas vezes aqueles que nada têm a perder são os primeiros a vomitar fel e fogo contra os povos que ousam afirmar a sua soberania.
Muito bom f beto
Gostei imenso do que acabei de ler.
Obrigado.
Gostei imenso do que acabo de ler.
Extraordinário depoimento!
Muito obrigada pela partilha.
Como é bom ler Frei Betto, mesmo que seja só uma postagem. Sempre uma palavra de alento.
Obrigado Frei Beto por tudo e tanto. Admiro-o muito.
Muito bom. Admiro este país e povo. Acho que há muita cobardia no mundo, que não se rebela contra o genocídio que está sendo perpetrado contra os cubanos. Seria possível, singularmente, ajudar (com víveres e vestuário. p.e.)? Tal como se fazem campanhas para apoiar as pessoas após catástrofes?
Obrigada pelo seu testemunho ?
ACREDITO.
Fui Jocista, membro da JOC -Juventude Operária Católica. Nessa qualidade fui fundador, co-fundador e Presidente da Secção da JOC dos STCP – Serviço de Transportes Colectivos do Porto.
Cursei e tirei o Curso de Vida Apostólica, Católica e Romano, CVA, em 1969. Jurei perante o Altar do Grande Colégio Universal, defender a Verdade, a Justiça, a Igualdade, Solidariedade, Fraternidade, a Amizade e o Amôr, cumprindo os Dez Mandamentos da Lei de Deus; nomeadamente:
Os mais fracos, desfavorecidos, pobres, as famílias, as mulheres, as crianças, os estudantes e trabalhadores, acidentados e doentes, e, os idosos.
Como consequência dessa jura, vocação e decisão, nas minhas diligências e lutas,…
…tive a meu lado activistas populares e coerentemente, largamente, simpatizantes, adeptos, ideólogos e activistas, verdadeiros democratas e comunistas.
Cerca de cinquenta anos depois mantenho-me fiel aos meus princípios verdadeiramente cristãos (lutando e porfiando por um Mundo mais Justo e Melhor), e, ideológicos, que fui adquirindo, aprendendo, lendo, consultando, e, pesquisando, o que desde a Idade Primitiva ou Comunal, se fez, e, como se chegou à situação vigente:
Esclavagista; déspota; usurária e agiota; farisaica e fascista; verdadeiramente fascista e mentecapta.
Só mentecaptos, aldrabões, corruptos e corruptores, são capazes de fingirem que está tudo bem, concebendo e implantando, falsas ideias, aldrabando a verdade, articulando normas, regras e leis, que, sirvam os seus interesses e dos seus seguidores,…
…negando a verdade, a justiça, os direitos, à igualdade, à paz, à solidariedade, fraternidade, amizade e amôr, a termos um Planeta TERRA, onde,…
…a Defesa da Mãe-Natureza; a um Ambiente e Meio-Ambiente Salutar; à Defesa e Preservação: …dos Solos Aráveis; da Floresta; à Vida Animal; à descontaminação permanente dos Solos e da Àgua, e, do seu USUFRUTO, não seja só o privilégio de uns e um obstáculo para a grande maioria fas Populações. Ao mesmo tempo que impedem o LECCIONAMENTO NAS ESCOLAS:
…DOS DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS;
…DOS DIREITOS HUMANOS, UNIVERSAIS E CONSTITUCÍONAIS;
…e até mesmo:
…antes de pôrem em prática as suas Leis Farisaicas e Fascistas, as colocarem em discussão nas ESCOLAS, e, acessíveis à DISCUSSÃO PÚBLICA.
—
Conhecedor do Mundo em que vivo e da sua degradação; …e do Futuro que está reservado aos meus descendentes, amigas e amigos, companheiros e companheiras, colegas e camaradas,…
…de um modo geral às cidadãs e cidadãos, e a toda a POPULAÇÃO,…
… a acção dos torcionários, torturadores e assassinos, sem escrúpulos, deixam-me transtornado.
POR ISSO CREIO SER VERDADE O QUE O ORGANISMO “JORNALISTA LIVRES” ME DEU A CONHECER.
Excelente reflexión y contribución! Gracias Frei Beto. Fidel y la Religión fue escrito cuando yo estudiaba en Cuba (1976/86).
Eng. Wasna Papai DANFÁ
Guinea Bissau.
Excelente narraçao. A populacao cubana merece mais respeito da parte dos Estado Unidos. Já é altura de por fim ao bloqueio ilegitimo dos EUA.
O artigo é muito bonito. Cuba é quase isto.
Obg frei beto..boa analise de cuba.viva socialismo cubano. Viva fidel viva che.viva camilo
O capitalismo comandado pelo Estados Unidos da América do Norte tem como seu principal objetivo dominar todo Continente Americano e para isso usa um modelo de democracia que só serve aos interesses do capitalismo perverso e explorador. Nas democracias capitalistas as liberdades são dos que detêm o capital. Eu me pergunto: qual a liberdade que tem o mendigo, os excluídos que vivem às margens da sociedade capitalista? A liberdade na sociedade capitalista é uma grande mentira .
“A liberdade na sociedade capitalista é uma grande mentira.”
“Nas democracias capitalistas as liberdades são dos que detêm o capital.”
No CAPITALISMO DE LIVRE MERCADO e não no CAPITALISMO DE ESTADO você é livre. Em um país realmente livre não só nas liberdades econômicas, mas também no respeito as liberdades individuais de todo o cidadão, aos direitos naturais, você é livre para fazer suas escolhas e responsável por elas. A liberdade existe no CAPITALISMO DE LIVRE MERCADO e em uma sociedade livre. Você e todas as pessoas em uma sociedade livre e numa economia de fato de mercado são livres para dizer quem ficará rico ou não, se o dono de uma empresa continuará vendo sua empresa ter lucro ou se verá seu negócio perder espaço para outro concorrente que passou a obter a preferência dos clientes por atender suas necessidades etc. Você é livre para abrir seu negócio, mas abrir seu negócio não significa que se tornará rico no capitalismo de livre mercado. Para se tornar rico você precisará satisfazer as necessidades daqueles que dirão se você se tornará rico ou não, ou seja, os clientes. São os clientes que dirão se você se tornará rico e se te tornarem rico, são os clientes que dirão se você continuará rico ou não. Tudo dependerá da sua capacidade de escolha e de satisfazer quem tem o poder de torná-lo rico ou não (o cliente/consumidor). No capitalismo de livre mercado você tendo sua empresa, você será alguém brigando pela preferência do consumidor e TAMBÉM É UM CONSUMIDOR que outros disputam entre si, que outros lutam pela sua preferência. Ninguém te obriga a contratar, por exemplo, o serviço de internet de um grande grupo empresarial, ao invés do serviço de internet de um provedor de internet local ou regional menor. É você como consumidor que escolheu pelo serviço do grande grupo empresarial.
É preciso divulgar as connquistas
sociais do povo cubano.
Nada é mais justo, verdadeiro e acertado do que o aqui descrito e demonstrado.
Enquanto a maioria achar as políticas enganadoras, que exploram silenciosamente as pessoas, os povos e países como as mais certas, países como Cuba e mais uns tantos continuarão a padecer!
No mundo atual, com um capitalismo mais selvagem, é preciso muita, muita, mas muita coragem de seguir em frente.
Como eu tenho dito: então, o que valeu a entrega, o sacrifício de nossos antepassados, se nós não somos capazes de defender esses princípios??
Obrigado pela forma simples mas realista como descreve as carências sentidas pelo governo e consequentemente o povo cubano. Sem dúvida que com os sucessivos bloqueios é difícil avançar
e tal só tem sido possível pela excelente formação de um povo que tem sentido na pele os mais diversos ataques à sua soberania e independência.
CUBA VENCERÁ!
Abaixo o Bloqueio Assassino , que é a causa das necessidades do povo cubano!O meu total apoio ao Governo Cubano e ao seu heróico povo Fidelista!Viva a Revolução Cubana !Viva o Legado de Fidel De Castro Ruz!
Interessante. Não tinha essa profundidade de informação e análise
Viva o socialismo Cubano.
Quando a soberania de um pais é atacada por interesses internacionais na forma de embargos, de intervencionismo bélico ou financeiro, não há outra conclusão senão a imposição da cultura do mais forte para ao fim subjuga-los! É histórico!
Não precisa de imprensa tendenciosa para mostrar o que o capitalismo selvagen deseja. Basta que o interessado leia se atualize para tirar suas próprias conclusões…
Cuba, saberá resolver ses problemas e o mundo deve se posicionar contra os embargos econômicos criminosos que os covardes e vingativos estadunidenses cometem contra um povo soberano!
Muita gente cega em nossa sociedade, manipuladas por retóricas e memes que não refletem a realidade daquele povo fazem agravo contra o regime de Cuba, sem conhecer sua história….isso é muito triste…muito triste!
Realmente o texto é muito bem articulado. Escrito por alguém esclarecido e muito bem doutrinado. Sem querer contestar o que foi descrito com maestria, eu diria que o autor deveria tbem evidenciar um dos aspectos, que eu repito como o mais importante, depois da vida, a LIBERDADE. E se tem algo que Deus valoriza é a liberdade. Será que um país que, segundo o autor, garante o essencial para a sobrevivência humana, tambem garantisse a liberdade ao seu povo, não seria justo? De que adianta manter o povo com alimento, moradia e saúde, como afirma o autor, porém tenho minhas dúvidas, privando-o seu povo de direitos fundamentais, como: ir e vir, a expressão do livre pensamento, o direito a utilizar as mídias sociais, ou mesmo, ausentar-se do país, viajando e retornando quando assim desejar. Poder exercer uma atividade profissional garantindo a renda, fruto do seu trabalho e suor, a sí e a seus famíliares. E, não tendo o dever de devolver quase a totalidade ao regime opressor. Como ocorria com os médicos cubanos que trabalharam no Brasil, e tinham que enviar pra Cuba, de setenta a oitenta por cento do salário que ganhavam
O que fez com que muitos por não suportarem a exploração perseguição e a injustiça, somado ao fato de experimentarem a liberdade vivenciada numa democracia, sequer pra lá retornaram. Me desculpe o consagrado autor, mas, mesmo com as deficiências vivenciadas no regime democrático, prefiro mil vezes ele do que a didatura travestida de justiça. Pois a LIBERDADE, não tem preço.
Peço que o ilustre Frei Betto esclareça os motivos pelos quais Che Guevara afastou-se do esquema de poder de Cuba, pouco tempo depois da revolução vitoriosa . Foi por não concordar coma tutela soviética ? Por ser de índole avessa à vida burocrática ? Por entender que sua missão havia se esgotado com a vitória ? Desentendimentos com Fidel ?………
Frei Betto é um nome incontornável da teologia da libertação. Publicou um livro excelente com uma série de entrevistas a Fidel Castro sobre religião. Frei Betto é coerente na defesa dos pobres e ofendidos por uma sociedade capitalista ávida, egoista e corrupta.
Os médicos cubanos são um grande exemplo do trabalho do governo cubano.
Fala assim quem conhece a realidade de cuba. O bloqueio imposto por EUA não tem razão de ser e é desumano. O mundo deve unir força para pressionar
os EUA a pôr fim à este brutal bloqueio.
Como posso agradecer esta brilhante e real reflexão
Eu vivi 9 anos em cuba como um estudante de um dos países mais pobre do mundo,
Fui bem formada e com a minha tenra idade deu para eu compreender o quão é a solidariedade e responsabilidade da revolução cubana
Em cuba não ha analfabeto
Não há mendigos
Toda a população tem direito a saúde educação gratuito
agua e luz são quase gratuito
Toda a população tem direito e pode ir a um cinema teatro museu praia biblioteca de forma gratuita
Não é preciso ser economista para saber que nenhuma gestão possa resistir a um sufoco não humano durante 60 anos e não ter consequências nefastas
Acrescentado a tudo isto a ilha e paraíso chamado Cuba sofreu e sofre das guerras bacteriológicas tanto destinado ao seu povo como a sua produção agrícola
Eu peço ao povo americano que exija da Administração americana o fim do bloqueio para deixar Cuba provar ao mundo que sim pode haver mais que um modelo econômico
O bloqueio é a tradução do medo de ver cuba cada vez mais autônoma inclusive das antigas potências que o apoiavam e que hoje estão desmoronados
A solidariedade mundial deve ser de caráter urgente e com medidas concretas para acabar com o bloqueio não só econômico mas que já se torna não-humana
Fantástico! Sintético e contundente.
Congratulações!
Uma ilha do tamanho de Pernambuco enfrenta um país do tamanho do Brasil,a poucas milhas de suas costas a 60 anos.Enfrenta o país mais rico do mundo e o maior império.Que inveja desta coragem e desta dignidade.
Cuba vencerá. Contrariamente a muitos o povo cubano tem consciência do porquê do seu sofrimento. O cubano não se vende!