O deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos-SP) foi à Justiça declarar a sua falência. A sua justificativa apresentada pela defesa é que o parlamentar não tem como pagar as indenizações dos vários processos judiciais que perdeu. Garcia já reúne 17 condenações na justiça. No dia 4 de outubro, o deputado disse que possuía dívidas que ultrapassam R$900 mil e que não tem como pagá-las. Seus advogados defendem que a situação é insustentável. Garcia é o deputado que foi expulso do debate eleitoral realizado pelo UOL, Folha de S. Paulo e TV Cultura por ter agredido verbalmente a jornalista Vera Magalhães. Por causa da agressão à jornalista no debate do 13 de setembro, Douglas Garcia tornou-se alvo de investigações no Ministério Público.
Por Emanuela Godoy
É Garcia também o responsável por ter vazado dados de pelo menos 1000 pessoas que se declararam antifascistas. Em junho de 2020, o deputado pediu que seus seguidores enviassem dados de manifestantes que seu autodeclaravam como “antifascistas”. O objetivo de Garcia era apresentar a lista a Procuradoria Geral da República acusando essas pessoas de estarem praticando “terrorismo”. Na época, a ação do deputado foi uma evidente tentativa de criminalização e silenciamento da oposição política ao bolsonarismo. O vazamento de informações pessoais pode causar risco a vida das pessoas, por isso Garcia responde por mais de 80 ações judiciais.
O pedido de “autofalência” do deputado bolsonarista Douglas Garcia se deu na 26ª Vara Cível de São Paulo. Seus advogados tentaram argumentar que as 17 condenações já sofridas por Garcia e os demais processos em julgamento se tratavam de perseguições políticas. “Juízes mais ativistas, dispostos a ‘sangrar’ o deputado conservador e de direita, deram os mais variados e vergonhosos argumentos para condená-lo a indenizações em valores desproporcionais”, disse sua defesa no pedido de falência. Até agora, as condenações do parlamentar já somam R$ 353 mil.
Sobre o dossiê com dados de antifascistas, Garcia disse que a lista não era de sua autoria e que também não foi o responsável pela divulgação. Entretanto, o foi o próprio parlamentar quem reuniu as informações pessoais dessas pessoas e divulgou em suas redes que já possuía “pelo menos 1.000 perfis com dados e fotos dos criminosos (antifas)”. As provas contra Garcia não sustentam a defesa do deputado.
O processo de falência foi aberto dois dias após Garcia perder as eleições. Agora, o bolsonarista ficará sem o salário que tinha como parlamentar e, além de tudo, sem imunidade parlamentar. Faliu e vai pagar caro.
Uma resposta
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