Com abuso no preço do gás, neoliberais do petróleo estão extorquindo o povo brasileiro

Foto Dani Dacorso/FUP
Foto Dani Dacorso/FUP

Por Tadeu Porto*

O inverno chegou com dificuldades para o povo brasileiro. Justamente na época em que precisa mais se aquecer, o país ganhou de presente mais um reajuste de combustíveis, realizado pela dobradinha “governo Bolsonaro e empresários de mercado”. O gás de cozinha, por exemplo, vai subir 5,9% nas refinarias da Petrobrás, acumulando uma alta de 37,9%, somente em 2021.

O preço de combustíveis praticado no Brasil está cada vez mais abusivo e podemos afirmar, sem medo algum de errar, que esse absurdo é culpa dos economistas neoliberais do Brasil.

A alta de um produto essencial pra população, que tem feito milhões de brasileiros sofrerem na vida real, é o puro suco no neoliberalismo brasileiro: insensível, incompetente e egoísta.

Recapitulando: depois do desastre reconhecido que foi a Lava Jato para a indústria nacional, principalmente o setor de óleo e gás, as transformações no mercado de petróleo do país ganharam força, lideradas pelos neoliberais comandados por Michel Temer.

Por exemplo, Pedro Parente, presidente escolhido pela coalizão da “ponte para o futuro”, também era presidente do conselho da Ibovespa e administrava dezenas de fortunas brasileiras.

Parente foi designado para realizar uma maior “abertura” do mercado brasileiro de petróleo e instituiu o PPI (Paridade de Preço e Importação), que faz o povo pagar mais caro para que poucos empresários lucrem com o petróleo em dólar.

O primeiro efeito colateral dessa política nefasta foi inviabilizar a logística de todo o país, a ponto de a categoria de caminhoneiros parar o Brasil, na maior greve da história recente, prejudicando toda a economia do país.

A incompetência da “panelinha neoliberal” brasileira não poderia ser mais nítida; sua insensibilidade e egoísmo também não ficam para trás.

Com Castello Branco, presidente da gestão Bolsonaro, o mercado continuou ditando a pauta da Petrobrás através do ministro Paulo Guedes e o povo continuou sofrendo com as más escolhas do governo, dessa vez somado a uma crise sanitária responsável pela morte de mais de meio milhão de brasileiros e brasileiras.

Castello, defendendo somente alguns mega empresários do setor, brigou até mesmo com a base social do governo Bolsonaro, o que custou seu emprego na Petrobrás. Foi substituído pelo general Silva e Luna, que também tem seguido à risca a cartilha de tirar dos pobres para dar aos ricos.

Ninguém sabe quem de fato representa esse tal Mercado, apesar de diversas vozes falarem por ele nos grandes jornais no Brasil. Contudo, um padrão tem ficado cada vez mais fácil de observar em nossa história: quando o Mercado assume algo, a exploração do povo aumenta.

E isso jamais podemos esquecer: colocou os neoliberais para cuidar de algo, o povo vai sofrer.

*Tadeu Porto é coordenador da Secretaria de Comunicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP)

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