A sociedade paulista tem de repudiar esta ação desproporcional e absurda da guarda civil e da polícia que levou a uma vítima fatal na cracolândia.Não precisa matar ninguém, pode-se simplesmente se prender a pessoa na forma da lei.
É covarde e cruel acusar uma pessoa morta que não tem como se defende e condená-la a uma segunda morte.
Chega de ódio e intolerância, hoje é com Aline e amanhã, será com quem?
Desta forma, esta Comissão de Direitos Humanos, em conjunto com Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) e do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH-SP), repudiamos a ação da GCM e forças policiais ocorrida no dia 9/5 e exigimos a apuração dos crimes cometidos contra a vitima fatal de nome Aline, além dos demais feridos, como também que sejam apurados os excessos cometidos pelos agentes da segurança urbana e policiais militares.
Veja a nota na integra:
“A Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP vem denunciar e lamentar mais uma ação repressiva injustificada, ocorrida no dia 9 de maio de 2019,.no quadrilátero conhecido como “Cracolândia”, no bairro da Luz, Centro de São Paulo.
Conforme testemunho de membros do Núcleo Organizações Sociais e População de Rua e do Núcleo de Ações Emergenciais desta CDH, tratou-se, mais uma vez, de uma ação desproporcional da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, com apoio da Polícia Militar, contra moradores da região, que deixou vários feridos e uma pessoa morta.
São corriqueiros os conflitos entre as forças policiais e os moradores desta região. Quando se escuta as pessoas em situação de vulnerabilidade social e os trabalhadores dos equipamentos públicos de saúde e assistência social, se constata que essa ação, além de excessiva, não atendeu aos protocolos da própria GCM e das legislações de garantias de direitos constitucionais.
A situação na região da Luz é conhecida por seu grau de delicadeza e profunda degradação do espaço urbano e das condições de vida dos frequentadores do “fluxo”. Historicamente, os mecanismos de atenção e cuidados de saúde são compartilhado com as demais áreas da inclusão social. A repressão policial nunca foi a melhor forma de solução para os moradores e sujeitos que habitam a região.
Desta forma, esta Comissão de Direitos Humanos, em conjunto com Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) e do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH-SP), repudiamos a ação da GCM e forças policiais ocorrida no dia 9/5 e exigimos a apuração dos crimes cometidos contra a vitima fatal de nome Aline, além dos demais feridos, como também que sejam apurados os excessos cometidos pelos agentes da segurança urbana e policiais militares.
Reafirmamos nosso compromisso com o respeito à dignidade humana de todas e todos, como centro das ações estatais, inclusive as de segurança pública, e clamamos para que sejam adotadas medidas de reconhecimento dos sujeitos como destinatários das politicas públicas sem discriminação social e de direitos’.