O Ato organizado pela Rede Brasilândia Solidária ocorreu na manhã desta quinta-feira, em frente ao Hospital Municipal da Brasilândia, onde foram colocadas diversas cruzes no local, simbolizando as vítimas do distrito da região norte que concentra o maior número de óbitos da pandemia na cidade de São Paulo.
Planejado para ter mais de 300 leitos e inaugurado em maio, com quatro anos de atraso, o hospital opera apenas com 32 leitos, de acordo com o último relatório situacional da Secretaria Municipal de Saúde, divulgado em 29 de maio. Enquanto isso, o distrito da Brasilândia registra 209 mortes por coronavírus e a vizinha Freguesia do Ó, 124 mortes.
A adequação das instalações do CEU Paz e CEU Paulistano para isolamento também é outra reivindicação da Rede Brasilândia Solidária. Além da formação de parcerias com hotéis locais para acomodar e alimentar adequadamente pessoas em situação de rua e para o isolamento de idosos, visando protegê-los, e de infectados, para evitar a disseminação do vírus dentro das famílias e domicílios.
A Rede Brasilândia Solidária solicitou uma reunião com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, para discutir o problema, e aguarda um retorno. Um Documento com Reivindicações para combater a pandemia na região foi elaborado pelo coletivo para ser apresentado ao prefeito.
O que é a Rede Brasilândia Solidária: É uma rede horizontal de enfrentamento da pandemia, composta por mais de 300 voluntários, com atuação em várias frentes, como convencimento da população sobre a importância do isolamento social, distribuição gratuita de máscaras, captadas em campanhas de doações da rede e também confeccionadas por voluntárias.
Os integrantes do coletivo também operam em ações educativas de saúde, na busca de parcerias para a distribuição de alimentos, produtos de higiene e em atividades de apoio para a obtenção do auxílio emergencial pela população. Mas nada disso é suficiente sem uma forte atuação do poder público, a partir de um planejamento estratégico para a região e ações urgentes, como a abertura total do Hospital da Brasilândia.
Texto: Nilma Padilha
Fotos: Paulo Pepe, Observatório Metrópoles
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