Alexandre de Moraes dá 24 horas para Bolsonaro provar acusações de que teve menos inserções em rádios

Ministro comenta que pode ser iniciada investigação contra Bolsonaro caso seja comprovado que ação tinha o intuito de causar tumulto

Nesta terça-feira (24/10), a campanha de Bolsonaro fez uma acusação ao TSE de que rádios, sobretudo no Nordeste, estariam fazendo menos inserções de propagandas de Bolsonaro do que de Lula, o que estaria prejudicando a campanha eleitoral do atual presidente. O campanha de Bolsonaro pediu a suspensão das inserções de rádio da campanha de Lula, pois o suposto  boicote de rádios em locais onde houve vitória de  Lula no primeiro turno caracterizaria fraude  eleitoral

O ministro do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que a acusação feita pelo atual governo é extremamente séria e, por isso, pediu que a campanha apresente provas. Caso seja  comprovado que o pedido foi acionado para causar tumulto no pleito eleitoral, é possível que o presidente passe por investigação. Para Moraes, “tal fato é extremamente grave, pois a coligação requerente aponta suposta fraude eleitoral sem base documental alguma, o que, em tese, poderá caracterizar crime eleitoral dos autores, se constatada a motivação de tumultuar o pleito eleitoral em sua última semana”. 

A decisão de Moraes baseou-se no fato que acusações feitas pelo governo Bolsonaro não foram acompanhadas de qualquer prova ou documento sério. A acusação estaria “limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo relatório de veiculação em rádio”, descreveu o ministro. Assim, Alexandre de Moraes deu à campanha do presidente 24 horas para provarem se o presidente realmente apresentou um número menor de inserções nas rádios. Leia na íntegra a decisão.

Depois da fala de Moraes, Fábio Faria, Ministro das Comunicações do governo Bolsonaro, disse que será enviado hoje (25/10) um documento comprovando que as rádios deixaram de veicular as inserções. Até o momento, a suposta prova não foi enviada e a equipe do candidato do PL parece estar desesperada com a situação. O TSE aguardará o envio de provas até o fim do dia para que haja atualizações no caso. 
Segundo Fábio, a rádio da Coligação Brasil da Esperança, deixou de veicular 154 mil inserções e por esse motivo Bolsonaro exigiu “a imediata suspensão da propaganda de rádio”. O TSE aguardará o envio de provas até o fim do dia para que haja atualizações no caso.

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