O ex-deputado federal e bolsonarista, Roberto Jefferson (PTB), atirou contra policiais federais que cumpriam um mandato de prisão em seu nome na manhã deste domingo (23/10). Jefferson é acusado de publicar uma série de vídeos com insultos ao processo eleitoral brasileiro e a ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em um claro ataque a democracia. De acordo com informações preliminares, o ex-deputado arremessou 3 granadas e deu 2 tiros de fuzil contra os policiais – ferindo dois agentes – logo após declarar em vídeo: “Eu não vou me entregar”.
O delegado Marcelo Vilella, foi atingido na cabeça e na perna e policial Karina Lino Miranda de Oliveira foi ferida na cabeça. Os dois já receberam atendimento médico e passam bem.
Confira a gravação:
Roberto Jefferson, que já cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, foi alvo de um mandato de prisão a pedido do ministro do Supremo Alexandre de Moraes. A operação se deu após informações recebidas pelo STF de que Jefferson mantinha um suposto arsenal de armas e planejava novos ataques a democracia nas vésperas da eleição. Neste sábado (22/10), o ex-deputado ofendeu a ministra Cármen Lúcia ao chamá-la de “prostituta”, “arrombada” e “vagabunda”, em um vídeo publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB) nas redes sociais.
Em vídeo, Jefferson mostra imagens de câmeras de segurança de sua casa nas quais são possíveis observar os agentes federais no portão, aguardando a sua entrada. “Eu não vou me entregar. Eu não vou me entregar porque acho um absurdo. Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio, de abuso. Infelizmente, eu vou enfrentá-los”, ele declara.
Em outra filmagem, pode-se ver um carro da Polícia Federal com vidros estilhaçados e várias marcas de tiro, além de uma notável mancha de sangue no chão – onde os policiais estavam posicionados. “Mostrar a vocês que o pau cantou. Eles atiraram em mim, eu atirei neles. Estou dentro de casa, mas eles estão me cercando. Vai piorar, vai piorar muito. Mas eu não me entrego”, afirma Roberto Jefferson.
*Com informações de Mônica Bergamo.
