As crianças e o genocídio na Palestina

As crianças são as mais vulneráveis, além de constituem metade da população que compõem a Faixa de Gaza, território considerado a maior prisão a céu aberto do mundo.

Os bombardeamentos de Israel já custaram a vida a 1.524 crianças e mais de 600 ainda estão sob os escombros. Muitos deles morreram durante o ataque ao hospital de Gaza, esta terça-feira, no qual um total de 500 palestinos perderam a vida. Para compreender a magnitude do massacre: são 117 crianças assassinadas por dia ou uma criança palestina assassinado a cada 12 minutos.

No total, pelo menos 3.785 palestinos foram mortos e mais de 12.493 ficaram feridos pelos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde da Palestina. Dos falecidos, pelo menos 1.524 são menores, 1.000 são mulheres e 120 são idosos.

Além de a Faixa de Gaza ser considerada a maior prisão a céu aberto do mundo, ela tem uma das principais densidades populacionais em que vivem em condições de superlotação 2, 2 milhões de pessoas, metade destas crianças. É por isso que os ataques e bombardeamentos de Israel têm como objetivo principal assassinar as crianças.

A situação é ainda mais premente porque os meios de comunicação e organizações em Gaza informaram que pelo menos outras 600 crianças estão sob os escombros dos milhares de edifícios destruídos pelos bombardeamentos. Não se sabe se estão vivos ou mortos e Israel não permite a entrada de equipes especiais de resgate.

O cenário piora considerando que Israel também bombardeia centros de refugiados, escolas da organização de refugiados da ONU, hospitais, mesquitas, casas e edifícios residenciais. Em todos eles há civis palestinos e muitas crianças.

Por esta razão, não é de estranhar que em mais de uma ocasião se tenha relatado que famílias inteiras foram assassinadas juntas e no mesmo lugar. Esta política criminosa e genocida é apoiada pelos EUA e pelas principais potências europeias, que também procuram proibir e reprimir manifestações de apoio ao povo palestiniano nos seus próprios países. No entanto, como se vê nos últimos dias, as mobilizações contra as atrocidades de Israel e em apoio ao povo palestiniano não param de crescer.

Por @esquerdadiariooficial e Al jazeera (20 de Outubro)

Edição: Leonardo Koury Martins.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornalistas Livres

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