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A Câmara Municipal de Vereadores aprovou no início da noite de terça-feira (24/9), por unanimidade, em segunda sessão, projeto de lei que define a Ilha de Santa Catarina como Zona Livre de Agrotóxico. De autoria do vereador Marcos José de Abreu, o Marquito (PSOL), o dispositivo proíbe o uso e armazenamento de agrotóxicos na produção agrícola, pecuária, extrativista e nas práticas de manejo dos recursos naturais na parte insular do município de Florianópolis. Para virar lei, a proposta agora só depende da sanção do prefeito Gean Loureiro (ex-PMDB, sem partido), o que deve ocorrer no prazo de 30 dias.
“Um ganho de repercussão local e até internacional para as comunidades, para o turismo, para a vida”. Assim Geraldo Jardim, agricultor ecológico do Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos avalia a medida. Incluem-se na interdição legal o uso de todos os “cidas” (Inseticidas, herbicidas, nematicidas, fungicidas). Infratores serão punidos com multa a ser definida pelo executivo que deve dobrar em caso de reincidência. O PL 17.348/2018 determina ainda ações de conscientização nas escolas sobre os prejuízos aos seres vivos acarretados pelo uso dessas substâncias tóxicas.
O marco decisivo para o banimento dos agrotóxicos na chamada “Ilha da Magia” foi a publicação do dossiê elaborado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) em 2018. Com base em notas técnicas de institutos de pesquisas, Ongs e instituições governamentais, esse dossiê confirmou a incidência de câncer e de outros efeitos nocivos à saúde e ao ambiente provocados pelo uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil.
Na defesa do projeto, foi fundamental o argumento de que os agrotóxicos não estão apenas nos alimentos, mas contaminam o solo, o ar, a água e representam um impacto muito negativo para a biodiversidade. Em 2017, 54,36% dos produtos agrícolas analisados em Santa Catarina apresentaram resíduos e 18,12% estavam fora da conformidade legal. O monitoramento da presença de resíduos de agrotóxicos em vegetais é realizado pelo Ministério Público Estadual, por meio do Programa Alimento Sem Risco.
O projeto se apoia em proposições coletivas elaboradas e defendidas há muitos anos por organizações como Cepagro, Slow Food e Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), explica Marquito, segundo vereador mais votado de 2016, apoiado por ambientalistas, indigenistas e comunidades dos morros da capital. Coordenador-adjunto do Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos, Marquito considera a aprovação uma alavanca para a valorização da agricultura familiar, sem agrotóxico, sem transgênico, água limpa, saúde e futuro para as próximas gerações.
A proposição fortalece a Segurança Alimentar e Nutricional e o Direito Humano à Alimentação Adequada no conjunto de várias ações já aprovadas por iniciativa do mandato agroecológico de Marquito com apoio da bancada de oposição (PT, PSoL, PDT). Exemplo dessas conquistas são a inclusão da Política Municipal de Agroecologia e Produção Orgânica e do programa de governo de Agroecologia e Segurança Alimentar e Nutricional, na Lei de Diretrizes Orçamentárias da capital.
CONCEICAO APARECIDA SCHUWENCK DE JESUS
25/09/19 at 22:59
Parabéns. Precisamos abolir os agrotóxicos das nossas lavouras, dos nossos alimentos.
Albertina Brocca
26/09/19 at 10:05
Parabéns Floripa.
Lourdes Griguc
26/09/19 at 11:00
Parabéns pela iniciativa do nobre parlamentar e parabéns para a população, tão bem representada> Continuem resistindo!!!
MARCOS ELENILDO FERREIRA
26/09/19 at 19:18
Parabéns a todos os responsáveis e envolvidos nessa decisão !!!👽👽🌳🌳🌳☀️☀️🌷🌷🌾🌾
Cleuza Francisca dos Sandos
27/09/19 at 4:12
Eu fico intensamente feliz amo a CRIAÇÃO de Deus alimentos saudaveis pr todo planeta 🌏🌎🌍🌳🍒acredito pois sou exemplo tenho 70 anos NAO tomo um remédio só alimentos saudaveis🤝👏👏🍒🍒🍒💙💚💛
Norma
27/09/19 at 9:01
Parabéns pela atitude fo vereador. Sou adepta a agricultora orgânica.
Sergio Costa
27/09/19 at 11:32
Quem vai fiscalizar? e os produtos oriundos de fora da capital via CEASA, existe incentivo para os agricultores ecológicos na capital? as grandes redes de super mercados deveriam estampar nos balcões de hortifrutigranjeiros a procedência ou definir um selo de produto ecológico cultivado na capital.
Iniciativa é louvável, mas não se esgota ai…
Etori Amorim
27/09/19 at 12:35
Não consigo nem acreditar. Que felicidade. Que conquista. Parabéns a todos os envolvidos. Gean que siga ao lado do povo e sancione a lei!!!
Paula Ferreira
28/09/19 at 7:47
Nossa fiquei muito feliz e orgulhosa de saber que um Estado Brasileiro conseguiu essa vitória, esse exemplo de atitude, de entendimento ,uma forma de preocupação com a Vida do próximo. Este último, vem sendo esquecido pela maioria dos seres humanos. Agindo assim, todos ganham. Não sou Catarinense, mas a cada dia tenho mais admiração por esse Estado. Parabéns ao Vereador pela corajosa e vitoriosa causa e a toda população catarinense pelo amor ao seu Estado.
joana luisa fernandes de souza
28/09/19 at 13:04
Parabéns Florianópolis!! Um exemplo ao Brasil.
Camargo Lisbôa
29/09/19 at 10:00
Um bom laboratório. Resta ver como vai se comportar a produção agrícola da ilha daqui para frente.
Rosimeri Carlos
29/09/19 at 10:46
Ata, banir aqui na Ilha é fácil… os alimentos que os ilhéus comem vem de fora. Fala sério!
João Cardoso da Silva
30/09/19 at 17:57
Isso é muito bom, só espero que não seja motivo para esses vereadores se enaltecerem e servir de argumentos para elevarem seus salários que já são demasiados.
Donizeth Barbosa
30/09/19 at 20:08
Agricultura futura,produção de orgânicos e preservação ambiental
Olandir Terezinha Dambroz
31/10/19 at 12:06
Parabéns vereadores!!!
Dignos de louvor !!!
A favor da vida !!!!
Adinael
03/11/19 at 15:06
Isso só porque Florianópolis não produz nada do que consome né..
Impossível produzir qualquer alimento a nível comercial sem utilizar agrotóxico.. (não estou defendendo, apenas expondo a realidade)
Antônio Carlos Alves Dias
17/11/19 at 17:15
Parabéns ao grande vereador Marcos José de Abreu, o Marquito (PSOL, pela importante proposição.
Você nos orgulha.
Forte abraço.
Antônio Carlos Alves Dias
Jane Vanilda Daniel da Rosa
21/11/19 at 11:47
Foi uma grande evolução, com certeza! Temos que começar de alguma forma! Porém, infelizmente, a grande maioria dos vegetais que consumimos vem de fora! Produtos comercializados pelo CEASA não terão interferência desta lei! A grande maioria continuará consumindo produtos com agrotóxicos!! Está lei deveria abranger a grande Florianópolis! Aí sim, seria maravilhoso!!!
Lucia Rosa
07/12/19 at 8:53
Uma iniciativa maravilhosa. Qualquer iniciativa exige muito trabalho dos envolvidos. Não é mágica mas sim um processo. Que sirva de exemplo para muitos esse começo em Florianópolis. Aos poucos, conforme for repercutindo, os próprios moradores vão valorizando a busca por esses alimentos e a Ceasa vai ver que sua postura com relação a precedência dos alimentos vai ter que ser modificada. É trabalhoso, mas viver é trabalhoso. Os filhos e netos dessa geração irão agradecer muito 🙏🙏