Alexandre de Moraes barra investigação pedida por campanha de Jair Bolsonaro

Por falta de provas, presidente do TSE recusa denúncia de irregularidades nas inserções de rádio pedida por bolsonaristas

A campanha de Jair Bolsonaro sofreu mais um revés na sua tentativa de tumultuar as eleições de 2022 com mentiras e golpes pré-fabricados. Na noite de quarta-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes decidiu não prosseguir na investigação de irregularidades em inserções eleitorais por emissoras de rádios pedida pela campanha de Bolsonaro. Também “possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito” ao Procurador-Geral Eleitoral, Augusto Aras


A denúncia de irregularidades foi feita por Fábio Faria, na dupla função de ministro das Comunicações e coordenador da campanha de Jair Bolsonaro, em coletiva convocada na noite de segunda-feira (26) na frente do Palácio da Alvorada. Os documentos apresentados na ocasião foram considerados inconsistentes por Moraes, que deu mais 24 horas de prazo para que a campanha juntasse provas das acusações.

Nas “provas” entregues hoje, havia várias inconsistências e foram contestadas por 6 das 8 rádios citadas pela campanha. Entre outros erros, as rádios dizem que há erros em horários e quantidade de inserções no relatório da empresa contratada pela campanha de Bolsonaro. Também afirmam que tem gravações que comprovam o que foi realmente veiculado.

Além de indeferir o pedido da campanha de Bolsonaro, Moraes determinou apuração de “possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito” ao Procurador-Geral Eleitoral, Augusto Aras e pede investigação por parte da Corregedoria-Geral Eleitoral de eventual desvio de finalidade no uso do Fundo Partidário (na contratação da suposta auditoria). O caso também foi enviado ao inquérito que corre ameaça trabalha contra a democracia.

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