ALESP recebe com violência e tropa de choque o servidor público/trabalhador

É assim que se recebe o funcionário público que presta serviços ao povo do estado de São Paulo?

Um dia histórico que poderia ter um desfecho diferente se a Assembléia Legislativa de São Paulo fosse realmente a representante dos anseios e demandas do povo paulista.

Cidadã paulista, funcionária pública cheguei logo cedo para exercer o direito democrático de protestar contra a forma autoritária, desumana, com justificativas inaceitáveis com que a Reforma da Previdência vem penalizar mais uma vez o funcionário público. `Somos nós que garantimos a educação pública e gratuita, o atendimento no SUS, na assistência social, nas políticas urbanas, na segurança pública, no judiciário e demais setores da vida pública do estado mais rico do país.

Cerca de 20.000 servidores, funcionários públicos, trabalhadores, vindos de todos os cantos do estado Bauru, Marília, Franca, Palmeira do Oeste (há 600 km), Carapicuiba, Osasco, Praia Grande e muitos outros, vieram organizados exercer o seu direito democrático de reivindicar seus direitos, protestar contra esta Reforma da Previdência e contra a forma com que o governo do estado vem tratando o funcionalismo. Cinco anos sem aumentos, descaso com o serviço público, dilapidação do patrimônio, falta de investimentos em infra estrutura e recursos dos equipamentos, cortes nos orçamentos para execução dos serviços que o povo de São Paulo merece. Com a crise econômica, as demandas aumentam e é todo o povo que estará sendo afetado.

Uma visão de quem estava lá dentro nos corredores e no Plenário

O clima era de solidariedade e compromisso, várias delegações, horas de viagem, de partilha de sonhos e do desejo de com sua presença fazer pressão e sensibilizar os deputados eleitos para ser os representantes do povo. A meta era não deixar passar esta Reforma. Aos poucos essa alegria dos corredores foi se dissipando. Para entrar no Plenário, revista da segurança legislativa. Não pode entrar lanche, garrafa d’água, guarda chuvas,  rolo de fita adesiva, varetinha que segurava cartaz… Garantir a segurança e a não violência no Plenário impedindo a entrada dessas “armas”, era a justificativa.

Impassível, impermeável a qualquer apelo dos participantes e ao apelo de deputados da oposição o presidente da Assembleia, deputado Cauê Macris do PSDB deu início à seção de votação. A voz de uma deputada que quis ter acesso ao microfone para solicitar que retirasse a polícia do Plenário foi interrompida. Com a palavra os deputados fizeram denúncias: o governador João Dória irresponsável com a coisa pública, em plena época que ocorriam enchentes no estado, foi pular o Carnaval no Rio de Janeiro;  a voz de uma deputada que quis ter acesso ao microfone para solicitar que retirasse a polícia do Plenário foi interrompida. Deputados da oposição denunciaram o golpe e a forma autoritária com que a discussão da PEC foi conduzida, atropelando prazos e não ouvindo duas Comissões. A divida pública do estado de São Paulo, 25 anos na mão do PSDB não é culpa do servidor mas do governo:, a sonegação fiscal é enorme, não há controle das grandes fortunas, a desoneração fiscal é de 20 bilhões  e querem penalizar o trabalhador/servidor público.O  PSDB é o pior usurpador do povo brasileiro e os deputados do PSL, DEM e partidos da situação são todos “dorianos”, mandados pelo governador. Uma deputada declarou: quero parabenizar os servidores que asseguram a educação pública, a saúde,  a segurança. Esta reforma é um tapa na cara do servidor que terá que trabalhar muito mais, retirará parte das aposentadorias e das pensões. Golpe na mudança do horário da votação em Plenário para impedir a manifestação de repúdio à esta Reforma da Previdência do des-governo Dória. É preciso ter lado e os partidos da oposição estão do lado do povo.

Denúncias de que “a repressão estava comendo solta lá fora”, plateia e deputados da oposição pedindo interrupção da votação para que o presidente fosse pedir para cessar a violência da polícia e a retirada de tanques de guerra contra o servidor/trabalhador público que estava reivindicando seus direitos garantidos pela Constituição. Barulho de tiros de balas de borracha e de gás de pimenta, cheiro de gás invadindo o Plenário, pessoas passando mal. Protestando, ficamos sem saída, medo de que os ânimos se acirrassem, plateia cheia de polícia. Cortam a internet, barulho de tiros.

Deputados da situação impassíveis, presidente da Mesa Diretora sorri irônico, como se nada estivesse acontecendo e cumprindo “a sua função pública”. Nem nos tempos da ditadura se viu tanta violência na CASA DO POVO.  Tensão dentro e fora do Plenário. A votação transcorreu, a oposição afirmando que entrará com recursos. Pessoas feridas, polícia a mil. EMENDA APROVADA placar 59 SIM, 32 NÃO.

VERGONHA!

Novo capítulo

JUNTOS SOMOS MUITOS! NOSSO COMPROMISSO É COM A POVO. Vamos exercer a solidariedade e a união em torno das lutas do povo. Quem viu e viveu estes momentos tão fortes, repasse estas informações, fique indignado, nunca mais vote em quem votou e reprimiu o povo. DE OLHO NOS DEPUTADOS, NO DÓRIA QUE MANDA BATER NO POVO E QUER SER PRESIDENTE. HOJE VOCÊ VIU UM POUCO DE QUE LADO CADA UM ESTÁ.

Parabéns aos deputados aguerridos que não se renderam. Parabéns aos funcionários públicos que não abrem mão da luta, de seus direitos. A luta continua. Assumimos o compromisso de lutar por direitos de cidadãos: direito à livre organização e expressão, direito à participação. DITADURA NUNCA MAIS!

NÃO DEIXE DE LER E VER! VOCÊ IRÁ SE INDIGNAR!

 

COMENTÁRIOS

3 respostas

  1. Já não passou da hora de barbarizar esses deputados e governadores que mamam na teta e destroem a população?

  2. Lindo texto! Sou servidora pública também, por isso sempre juntos. Aqui, as coisas estão mornas, por enquanto. Tem gente que jura que a barbárie jamais nós visitará… Parabéns e torcida por vocês, jornalistas de verdade!?

  3. Isso tudo é muito triste. Agora, não é possível esquecer que milhares de servidores públicos paulistas votaram no Bolsodoria. Milhares aplaudiram o pato da Paulista. Milhares clamaram e clamam por intervenção militar. Não lideranças sindicais. São muitos que contribuíram para esse retrocesso, até professores.

POSTS RELACIONADOS

Cultura não é perfumaria

Cultura não é vagabundagem

No extinto Reino de Internetlândia, então dividido em castas, gente fazedora de arte e tratadas como vagabundas, decidem entrar em greve.