O Brasil está no fundo do poço. Não pretendia gastar muito tempo com Bolsonaro, um facínora orgulhoso de sua condição.
Mas não pode passar sem registro seu ato mais recente: criar um ministério para o genro de Silvio Santos, o tal Fabio Faria.
Para quem não se lembra, Fabio Faria é aquele mesmo, deputado pilhado pagando passagens com verba parlamentar para namoradas como Adriane Galisteu e família.
Membro do tal centrão, agora “colega de trabalho” do sogro decrépito e capacho de qualquer governo, Fabio Faria une o inútil ao desagradável aos olhos do povo: engrossa a gangue do capitão no Congresso e fortalece os laços com o dono de uma emissora já conhecida como Sistema Bolsonaro de Televisão. Sim, o SBT, que entrou para a história ao tirar do ar um telejornal de horário nobre para não se indispor com seu patrão do Planalto.
A patiFaria corre solta.
Falemos dos governadores e prefeitos que tentaram posar de equilibrados de olho em dividendos eleitorais.
Não durou muito tempo. Um exemplo. João Dória, o Bolsodória, e seu assecla Bruno Covas vinham fazendo discursos ¨humanitários” até outro dia. Seu repertório esgotou-se tão rápido quanto sua sinceridade.
São Paulo, assim como o Brasil, vive um momento de ascenso da pandemia. O número de vítimas cresce sem parar. Qualquer aspirante a médico sabe que é hora de reforçar as poucas medidas de defesa à disposição. A única à mão enquanto não se descobre uma vacina é manter as pessoas isoladas e dar a elas condições de sobreviver.
O que faz Bolsodória? O contrário. Libera geral. Manda abrir tudo obedecendo ao comando de seus tubarões do Lidede sempre. As fotos estampadas nas redes mostram multidões circulando pelas ruas indefesas diante do apetite do coronavírus e dos senhores das bolsas de valores.
No Rio, a mesma coisa. Assim como Bolsodória, Witzel segue na prática os mantras de quem o elegeu: “E daí”. Ou: “todos vão morrer mesmo. É o destino”. Enquanto isso, faz o que parecia inacreditável. Alimenta uma máquina de corrupção à custa do sofrimento de milhares de brasileiros. Contrata a construção de hospitais a preços hiper super faturados que nunca saíram do papel. Assim acontece em vários outros estados. “Governantes” valem-se da morte do povo para engordar seus cofres particulares.
Tentei evitar, mas tenho que falar de Bolsonaro novamente. Depois de tentar esconder as mortes e roubar o Bolsa Família, ele e seu capanga preferido, Paulo Guedes, estudam ampliar o prazo da esmola aos desvalidos. Como? Em vez dos trocados de 600 reais que até hoje não chegaram a milhões que morrem de fome, fala-se em… 300 reais!! Faça vc mesmo os cálculos para ver o tamanho do disparate.
Chega. Não, não pague as dívidas, apenas as indispensáveis que podem te deixar sem luz, água, gás. Peça ajuda aos poucos advogados honestos, cada vez mais raros, é verdade. Procure a parte sadia da OAB. Recorra às organizações populares, aos sindicatos ainda dignos deste nome e, sobretudo, aos coletivos de jornalistas que se libertaram da mídia oficial. Ignore o palavrório dos políticos cínicos, hipócritas e ladrões, seja qual for o partido. E, se puder, fique em casa.
O Brasil depende dos brasileiros dignos desse nome.
*Ricardo Melo, jornalista, foi editor-executivo do Diário de S. Paulo, chefe de redação do Jornal da Tarde (quando ganhou o Prêmio Esso de criação gráfica) e editor da revista Brasil Investe do jornal Valor Econômico, além de repórter especial da Revista Exame e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Na televisão, trabalhou como chefe de redação do SBT e como diretor-executivo do Jornal da Band (Rede Bandeirantes) e editor-chefe do Jornal da Globo (Rede Globo). Presidiu a EBC por indicação da presidenta Dilma Rousseff.
Oi, Ricardo, tudo bem? Sempre acompanho vocês. Tenho todas as restrições contra o Dória, mas até agora, nenhuma contra o Bruno Covas. São Paulo tem uma das melhores equipes médicas no comando do combate ao Coronavirus 19. O objetivo é manter a curva achatada, já que ainda não temos o melhor remédio e nem a tão esperada vacina.
Acontece que apesar de tudo que foi dito, mostrado, orientado, imposto, uma grande parcela da sociedade se sensibilizou e fez o dever de casa direitinho. A outra, acredite, BURRA, sim, burra, estúpida, demente como o presidente dessa república de banana, ligou o “dane-se”, e não entendeu nada. Foi para as ruas, festas clandestinas, barzinhos abertos nos fundos e tudo o mais, contaminando-se e aos outros. As verdadeiras vítimas são os que não puderam fazer isolamento e os que tiveram de se embolar diante das caixas econômicas.
O relaxamento, controlado, terá de acontecer, pois o tempo é longo demais e já temos algum conhecimento sobre o vírus. E as pessoas sensíveis, continuarão cuidadosas, mantendo distância, usando máscaras e até mesmo u m grande contingente já passou pelo vírus e sobreviveu. A outra parte, por conta da burrice, vai continuar seguindo o Birolino, sem cuidado nenhum. Quando o número de leitos voltar a cair, repensa-se a flexibilização…
Ana Maria Silveira
12/06/20 at 6:19
Oi, Ricardo, tudo bem? Sempre acompanho vocês. Tenho todas as restrições contra o Dória, mas até agora, nenhuma contra o Bruno Covas. São Paulo tem uma das melhores equipes médicas no comando do combate ao Coronavirus 19. O objetivo é manter a curva achatada, já que ainda não temos o melhor remédio e nem a tão esperada vacina.
Acontece que apesar de tudo que foi dito, mostrado, orientado, imposto, uma grande parcela da sociedade se sensibilizou e fez o dever de casa direitinho. A outra, acredite, BURRA, sim, burra, estúpida, demente como o presidente dessa república de banana, ligou o “dane-se”, e não entendeu nada. Foi para as ruas, festas clandestinas, barzinhos abertos nos fundos e tudo o mais, contaminando-se e aos outros. As verdadeiras vítimas são os que não puderam fazer isolamento e os que tiveram de se embolar diante das caixas econômicas.
O relaxamento, controlado, terá de acontecer, pois o tempo é longo demais e já temos algum conhecimento sobre o vírus. E as pessoas sensíveis, continuarão cuidadosas, mantendo distância, usando máscaras e até mesmo u m grande contingente já passou pelo vírus e sobreviveu. A outra parte, por conta da burrice, vai continuar seguindo o Birolino, sem cuidado nenhum. Quando o número de leitos voltar a cair, repensa-se a flexibilização…
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