Minha terra sem mar tem tatuzão e esgotos, conduzidos embaixo do chão em que pisamos. De repente, tudo arrisca o caminhar. Afoitos, os caminhos do solo se enlaçam.

Hoje, na grande cidade, cruzariam túneis sob o rio e a terra, em São Paulo, cidade de subterfúgios. Em outras metrópoles, na beira do mar, trucidaram jovem do Congo, que na cidade maravilhosa encontrara abrigo.
No Rio Vermelho, praia baiana, pede-se para que não ofereçam à Iemanjá seus presentes, pois a Rainha não quer o contágio dos homens e devotos. Paciência e ciência são os poderes desse tempo.

Iemanjá, em seu dia, em um tempo de isolamento das paixões e distanciamento dos humanos, mais que rainha, mãe da gente, segue sua sina.
Odoyá.
imagens por Helio Carlos Mello – Salvador, 02/02/2020