A pira tá acesa para o show da diversidade das Paralimpíadas!

Delegação brasileira é a maior já enviada para uma edição dos Jogos Paralímpicos

A 16ª edição dos Jogos Paralímpicos do Japão teve início oficialmente nesta terça-feira em Tóquio, às 8h (horário de Brasília). Até 5 de setembro, cerca de 4.500 atletas vão disputar 23 modalidades esportivas na capital japonesa, a primeira cidade do mundo a receber uma Paralimpíada pela segunda vez. Taekwondo e Badminton estreiam nos Jogos.

Os medalhistas paralímpicos Petrúcio Ferreira dos Santos (Atletismo) e Evelyn Oliveira (Bocha), que ganharam medalhas de ouro na Rio-2016, foram os porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura, realizada no Estádio Nacional do Japão, transmissão ao vivo pela TV Brasil e SporTV.

Petrúcio Ferreira dos Santos (Atletismo)

O velocista Petrúcio Ferreira dos Santos, campeão dos 100 metros rasos T47, detém o recorde mundial da prova, quebrado em 2019 com a marca de 10s42, a melhor entre todas as classes do atletismo paralímpico. Ele é o grande nome do paratletismo brasileiro e pode repetir o feito no Japão. |Na Olimpíada do Rio ele ganhou duas medalhas de prata: nos 400 metros e no revezamento 4×100 m livres.

A delegação brasileira tem 260 atletas, sendo 164 homens e 96 mulheres. Com a comissão técnica, médicos e pessoal administrativo, a delegação soma 434 pessoas, a maior enviada pelo Brasil para uma edição paralímpica no exterior.

Na Rio-2016, o Brasil terminou na 8ª colocação no quadro geral de medalhas, com 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes. Na história, os paratletas brasileiros já conquistaram 87 medalhas de ouro, 112 de prata e 102 de bronze,

Além do atletismo, o Brasil tem chance de medalhas no Futebol de 5. A seleção brasileira busca o pentacampeonato no torneio paralímpico da modalidade. Nas quatro edições disputadas até hoje, os brasileiros venceram todas desde a inclusão da modalidade nos Jogos Paralímpicos de Atenas-2004. Em tempo: a seleção nunca perdeu um jogo em Paralimpíadas.

Outro grande nome do Brasil em Tóquio é o do judoca Antônio Tenório da Silva, 50 anos. Cego desde os 19 anos, ele teve 80% de seu pulmão comprometido após contrair o novo coronavírus, em março deste ano. Recuperado após 18 dias de internação, conseguiu se recuperar e agora parte em busca de sua sétima medalha paralímpica.

judoca Antônio Tenório da Silva

Considerado o maior judoca paralímpico da história, Tenório é tetracampeão paralímpico no judô para deficiente visuais, tendo conquistado as medalhas de ouro em Atlanta-1996, Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008. É o único atleta a obter quatro ouros consecutivos no judô paralímpico. Além dos ouros, ele tem uma medalha de prata e uma de bronze.

Apontado como um fenômeno na natação, Gabriel Bandeira, 21 anos, vai disputar a classe S14, para pessoas com deficiência intelectual. Ele vai disputar seis provas na natação: 100 m borboleta, 100 m costas, 100 m peito, 200 m livre, 200 m medley e o revezamento 4×100 m livre e é considerado favorito em todas elas. A lenda brasileira da natação paralímpica Daniel Dias, hoje com 33 anos, se despede dos Jogos Olímpicos no Japão. Ele é dono de 14 medalhas de ouro, 7 de prata e 3 de bronze.

AS 23 MODALIDADES DAS PARALIMPÍADAS

Atletismo
Badminton
Basquete em cadeira de rodas
Bocha
Canoagem
Ciclismo de estrada
Ciclismo de pista
Esgrima em cadeira de rodas
Futebol de 5
Goalball
Halterofilismo
Hipismo
Jud
Natação
Remo
Rugby em cadeira de rodas
Taekwondo
Tiro com arco
Tiro esportivo
Triatlo
Tênis de mesa
Tênis em cadeira de rodas
Vôlei sentado

COMENTÁRIOS

POSTS RELACIONADOS

Estilhaços (do coração)

Livro mais pessoal e revelador de Paulo Batista Nogueira Jr. Trata, também, da relação entre arte e realidade, entre memória e fabulação.

MST: Tirando leite da pedra

Por frei Gilvander Moreira¹ Se prestarmos bem atenção em certas notícias, veremos como uma brutal injustiça socioeconômica se reproduz diariamente no Brasil. Eis algumas notícias

Regime de urgência para retirar a “função social da terra” da lei 8629/1993 é aprovado a toque de caixa

O projeto é visto como tentativa da bancada ruralista de enfraquecer a reforma agrária e flexibilizar normas ambientais e sociais, favorecendo o agronegócio e grandes proprietários. Especialistas alertam que a medida pode aumentar a concentração fundiária, expulsar comunidades tradicionais e comprometer a justiça agrária e ambiental, agravando desigualdades e conflitos no campo.