A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) emitiu um documento atestando confiabilidade nas urnas eletrônicas. A análise foi entregue pessoalmente pelo presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministro Alexandre de Moraes, na noite de 8 de novembro.
No ofício apresentado ao TSE, a OAB explica que acompanhou a totalização dos votos presencialmente no Centro de Divulgação das Eleições do TSE, tanto no primeiro quanto no segundo turno. “Atestamos a confiabilidade e a integridade das urnas eletrônicas”, destaca.
“Após o levantamento e a análise de todos os relatórios elaborados pelas Comissões de Direito Eleitoral dos Conselhos Seccionais da OAB em todo o país, concluímos que não houve qualquer fato que aponte suspeita de irregularidades no processo de votação”, diz trecho do documento. E segue, “evidenciou-se, ao contrário, a postura transparente da Justiça Eleitoral na preservação da lisura e da segurança no processo.”
Leia na íntegra o ofício da OAB Brasil
A OAB faz parte do grupo de entidades fiscalizadoras das eleições, desde 1986.
A declaração feita ontem, é uma antecipação ao relatório das forças armadas sobre as eleições que será apresentado na tarde de hoje, 9 de novembro, e que colocou o mundo político em alerta. Os Ministros do TSE acreditam que o documento não trará nenhuma informação desconhecida.
“Eles não têm nada para falar. Até porque, se fosse ‘bombástico’, o presidente [Jair Bolsonaro] convocaria coletiva [de imprensa]”, disse ao Metrópoles um influente ministro do TSE que também é integrante do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os juízes e técnicos da área de inteligência do Tribunal avaliam que qualquer informação dúbia estimulará a manutenção de manifestantes que pedem anulação das eleições e golpe militar.
Mas será esta a última cartada de Bolsonaro? Possivelmente não, mesmo porque as forças armadas parecem jogar constantemente nos dois campos, para manter suas regalias no governo.
O presidente eleito, Lula, deve se encontrar hoje com o presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
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Em relatório ao TSE, OAB conclui que não houve suspeita de irregularidades na votação