O “imbrochável”… brochou

Há 11 anos, Bolsonaro confessou à revista Playboy que foi impotente. Aos 67, puxou coro de “imbrochável” em ato de 7 de setembro
Jair e Michelle Bolsonaro em ato do 7 de setembro. Foto: Reprodução
Jair e Michelle Bolsonaro em ato do 7 de setembro. Foto: Reprodução

Em entrevista à extinta revista Playboy, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que já tinha “brochado” durante uma relação sexual, informa Mônica Bergamo. A declaração foi feita a 11 anos atrás quando o presidente ocupava o cargo de deputado federal pelo Rio de Janeiro. No dia 7 de setembro, Bolsonaro discursou para seus apoiadores no bicentenário da independência e puxou coros de “imbrochável” para si próprio

Por: Camilla Almeida e Dani Alvarenga

Na entrevista, foi questionado se sexo ainda era uma atividade importante em sua vida e respondeu: “É lógico que a minha atividade sexual não é a mesma de quando eu tinha 20, 30 anos, mas ela existe, tanto que casei de novo. Com o passar do tempo você fica ali em duas por semana, três por semana. E pode cair, né?”, declarou Bolsonaro. 

O repórter Jardel Sebba aproveitou a oportunidade e perguntou para o atual presidente se já havia “caído”, se referindo a impotência sexual. Teve como resposta: “Lógico! Quem nunca brochou está mentindo, pô!”, expôs Bolsonaro. 

A entrevista foi ao ar em 29 de junho de 2011, no antigo site da revista e teve grande repercussão. As falas homofóbicas do então deputado chamaram atenção, como a afirmação de que seus imóveis seriam desvalorizados caso tivesse vizinhos homossexuais. “Moro num condomínio, de repente vai um casal homossexual morar do meu lado. Isso vai desvalorizar minha casa”, declarou Bolsonaro. 

Foi nessa reportagem que o atual presidente revelou que não seria capaz de amar um filho que não fosse heterossexual. “Seria incapaz. Não vou dar uma de hipócrita aqui para fazer média com quem quer que seja. Teria vergonha mesmo.”, frisou. Bolsonaro ainda admitiu ser machista e incentivou a população masculina a fazer o exame de próstata. 

“Pelo fato de ser militar da reserva, nós somos, confesso, machistas. Na sala de espera, vi oficiais com a próstata numa situação que precisaria partir para cirurgia, e só Deus sabe o que ia acontecer com a vida sexual deles. E tudo isso por preconceito. Quando vi um coronel médico chorar na minha frente, tirei coragem não sei de onde e encarei o José Carlos, o médico, que virou o grande amor da minha vida”, finalizou Bolsonaro.

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