De acordo com a última pesquisa presidencial divulgada pelo Instituto DataFolha, Lula empatou com Bolsonaro entre os evangélicos mais pobres. O candidato do PT tem 41% das intenções de voto no primeiro turno entre os evangélicos que ganham até dois salários mínimos, contra 38% de Bolsonaro. Esse grupo é significativo entre os fiéis entrevistados, representando 53% do contingente total. Já entre aqueles que recebem mais de dois salários, Bolsonaro ainda prevalece como preferido – tem 61% da predileção, enquanto o petista tem 22%.
Os votos da comunidade evangélica são decisivos para ambos os candidatos. Bolsonaro possui uma base bem consolidada de apoiadores evangélicos desde as eleições de 2018, conquistada por meio de seu conservadorismo e pautas religiosas. Entre o grupo, o candidato tem uma intenção de voto de 49% contra 32% de Lula. Com relação aos índices de rejeição, 44% dos evangélicos de baixa renda dizem não votar em Bolsonaro “de jeito nenhum”. Já entre os fiéis mais ricos, apenas 24% rejeitam Bolsonaro.
Com Lula, esse cenário se inverte. 40% dos evangélicos mais pobres não votam no petista e a proporção aumenta entre aqueles com renda superior a dois salários mínimos: 67% não votariam no candidato “de jeito nenhum”. No segundo turno o cenário de projeções para disputa entre os presidenciáveis é o mesmo. Lula é o favorito de 47% dos evangélicos mais pobres, mas essa porcentagem cai para 25% entre aqueles com uma maior renda.
Para conquistar os votos desse grupo, a campanha de Lula foca em canais para dialogar diretamente com as demandas evangélicas. Na última semana, foi criado um site e até um perfil nas redes sociais intitulado “Evangélicos Com Lula” que apresentam uma iniciativa de aproximação com esse público eleitor, com newsletters exclusivas.