Nessa segunda-feira (15), foram divulgadas as denúncias de assédio contra Marcos Scalercio, juiz substituto no Tribunal Regional de Trabalho (TRT) da 2ª região e professor de Direito Material e Processual do Trabalho na Damásio Educacional. Dez mulheres afirmam terem sido assediadas por Marcos. Três delas buscaram à ONG Me Too, que ajuda mulheres a romperem o silêncio em casos de assédio sexual.
Por Emanuela Godoy e Melannie Silva
Três mulheres denunciaram Marcos Scalercio por casos de assédio ocorridos entre 2014 e 2020. O TRT da 2ª região alegou não haver provas o suficiente para prosseguir com a denúncia, o Conselho Nacional de Justiça irá avaliar a possibilidade de abertura de um processo administrativo contra o juiz.
Em entrevista para o portal G1, as mulheres relataram detalhes do assédio. Uma advogada conta que sofreu assédio quando ainda era aluna do juiz, depois de formada afirma ter o encontrado em audiências e sofrido retaliações profissionais “Ele se levantou, veio perto da minha cadeira, se apoiou na minha cadeira e começou a tentar me beijar, me assustei e fui para trás com a cadeira. Mas ele forçava todo o corpo pesado nos meus braços, até que teve uma hora que ele fez menos força, e eu consegui me desvincular. Ele tentava me beijar e falava que ‘sabia que eu queria’ e, como não tinha câmeras no gabinete, eu podia ficar tranquila”, afirmou a vítima para o G1.
Outra mulher, servidora pública no TRT, afirmou que foi agarrada e beijada a força no gabinete de Marcos no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa na capital, em 2018. “Ele se levantou, veio perto da minha cadeira, se apoiou na minha cadeira e começou a tentar me beijar, me assustei e fui para trás com a cadeira. Mas ele forçava todo o corpo pesado nos meus braços, até que teve uma hora que ele fez menos força, e eu consegui me desvincular. Ele tentava me beijar e falava que ‘sabia que eu queria’ e, como não tinha câmeras no gabinete, eu podia ficar tranquila”, afirmou a servidora para o portal.
Em nota, a ONG Me Too declarou sobre o caso que “O fato de nem todas as mulheres assediadas terem denunciado formalmente o caso demonstra a dificuldade que as vítimas têm para romper o silêncio e buscar justiça em relação às violências que sofreram, principalmente quando se trata de agressores que têm posições superiores, como juízes, promotores e políticos.”