Há 10 anos o MST lidera a maior produção de arroz orgânico da América Latina

Famílias assentadas comemoram nesta sexta (18), a 19ª Festa da Colheita do Arroz Agroecológico, em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul

De acordo com Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é considerado o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, e segue nessa posição há mais de 10 anos. Segundo Martielo Webery, do setor de comercialização da Cootap, as famílias camponesas estimam colher, na safra 2021/2022, mais de 15 mil toneladas, cerca de 310 mil sacas de 50 kg do produto, em aproximadamente 3.196,23 hectares.

A reconhecida produção gaúcha do arroz agroecológico do MST é coordenada por nove cooperativas conquistadas por meio da luta do movimento pela Reforma Agrária Popular e produção de alimentos saudáveis, livres de veneno.

O cultivo principal é de arroz orgânico nas variedades agulhinha e cateto. Em todo o estado, a produção do alimento é feita por 296 famílias, em 14 assentamentos, que se dividem em 11 municípios gaúchos das regiões Metropolitana, Sul, Centro Sul e Fronteira Oeste.

19º Festa da Colheita do Arroz Agroecológico

Nesta sexta-feira, dia 18 de março, a popular Festa da Colheita do Arroz Agroecológico, celebrada por assentadas e assentados do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), chega à sua 19ª edição. O evento presencial terá início às 9 horas, na sede da Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), em Nova Santa Rita, na região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

A comemoração seguirá todos os protocolos sanitários de prevenção contra a Covid-19. No evento terá Feira da Reforma Agrária, com representação de cooperativas do MST de outros estados; apresentação cultural do Grupo Unamérica e participação de entidades parceiras, populares, sindicais e políticas.

“Para nós do MST, essa edição da Colheita do Arroz Agroecológico tem uma enorme importância. Queremos celebrar esse momento com a sociedade gaúcha e brasileira, pois essa é uma construção coletiva das cooperativas e das famílias assentadas. A nossa produção orgânica é uma alternativa, onde a vida das pessoas e o cuidado com a natureza estão acima do lucro”, pontua Marildo Mulinari, do setor social organizativo da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap). O Sem Terra ainda reafirma o compromisso do MST com a luta da classe trabalhadora e a luta pela Reforma Agrária Popular.

Programação

9h – Apresentação musical
9h30 – Mística de Abertura
10h15 – Análise da Conjuntura Política – João Pedro Stédile, da Direção Nacional do MST
10h45 – Estudo sobre a questão ambiental – Prof. Dr. Luiz Marques, Unicamp/SP
11h15 – Lançamento do Livro Mapa do Agrotóxico – Leonardo Melgarejo, ABA – Sul
11h30 – Instituições convidadas
12h30 – Almoço Coletivo
14h – Ato Simbólico de Colheita na Lavoura
14h30 – Confraternização

18 de março, às 9 horas – Coopan – R. Cinco de Maio, 02 – Sanga Funda, Nova Santa Rita – RS, 92480-000

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