Rindo para não chorar

A semana em charges

Saudações, humanos! saudações humanas! Ééé, rapaziadinha… Como havíamos avisado aqui no último domingo a semana foi quente – quentíssima – e desde a explosão da pandemia em 2020 não passávamos por um momento tão tenso. A mídia corporativa global vem batendo todos os recordes de histeria e as definições de infoterrorismo estão sendo atualizadas em tempo real! Nessas horas nada como umas charginhas… Por que nosso consolo continua sendo seguir rindo para não chorar.

Hoje o post é um “especial Ucrânia”. Vem com nóisky!

Por Bacellar

Canetaço

E o primeiro grande movimento no tabuleiro geopolítico da Ucrânia foi realizado pelo Kremlin no início da semana. Após, inúmeras provocações, e a recusa por parte do governo ucraniano e seus masters da Otan em cumprir os acordos de Minsk, Putin – seguindo decisão da Duma – reconheceu oficialmente a soberania das Repúblicas Populares de Lugansk e Donetsk.
Isso significa que a Rússia estaria livre para operar dentro desses territórios que já não fazem mais parte da Ucrânia. Claro, do ponto de vista russo.

Truco.

Por Claudio Duarte

Ataque relâmpago

A Rússia não perdeu tempo após o pedido oficial de ajuda militar das Repúblicas de Lugansk e Donetsk no enfrentamento às milicias nacionalistas ucranianas, com que travam combate desde 2014, e iniciou uma grande operação de – nas palavras do Kremlin – desmilitarização e “denazificação” do regime de Kiev. Um ataque relâmpago lançado dia 25, baseado sobretudo na utilização de mísseis de precisão, destruiu em questão de poucas horas uma enorme parte da infra-estrutura militar e de inteligencia da Ucrânia, incluindo 56 estações de radar, 3 postos de radar, 27 centros de comunicação, 38 sistemas de defesa anti-aérea e 14 aeródromos, tornando uma defesa efetiva à uma eventual ocupação muito complicada.

Por Beto

Proxy war

O conflito russo-ucraniano era um projeto americano antigo e que foi acelerado na administração Biden. Trata-se de uma típica “guerra por procuração“. Em verdade o atual governo ucraniano do comediante Volodymyr Zelensky é fruto direto da guerra híbrida aplicada na Ucrânia no início da década passada que culminou nos eventos conhecidos como euromaidan. A desestabilização da Russia e o controle do Heartland Eurasiático são pontos fulcrais da estratégia geopolítica de longo prazo norte-americana.

Por Awantha

Hipocrisia

Chama muito a atenção o tom dado pela mídia corporativa global ao conflito no leste europeu. As redes socias, com seus obscuros algorítimos, em grande parte seguem o tom de comoção e condenação do Kremlin e do presidente Putin. Mas onde está o humanismo e o pacifismo das corporações midiáticas e da bigtech em relação a conflitos como, por exemplo, a Guerra do Iêmen que, segundo estimativas, já causou quase 400 mil mortes e deixou sua população numa terrível situação em que cerca de 80% do povo se situa abaixo da linha da pobreza? Putin é um “ditador” sanguinário mas o Rei Salman da Arábia Saudita, não?

Por André Dahmer

Desgraça pouca é bobagem

Será que vão besuntar álcool gel 70% nos zircons, khinzais e iskanders?

Por Aroeira

Casos de família

Nesse momento agudo é bom parar para lembrar das relações anteriores dos envolvidos com o território em questão. Joe e Hunter biden não são nada estranhos à Ucrânia… Lembram?

Por Latuff

Vara curta

Os EUA e os aliados da Otan conseguiram o conflito que tanto fomentaram… Mas e a partir de agora? Que passos darão para conter a expansão Russa em território ucraniano, a independencia definitiva de Lugansk e Donetsk e a derrubada do governo aliado de Zelinsky? Além de prometer “rearmarem” a Ucrânia as retaliações mais pesadas do ocidente vem sendo financeiras. A principal até agora é a retirada da Federação Russa do sistema swift. O problema é que tais sansões podem ter efeitos colaterais terríveis para os países europeus da Otan extremamente dependentes do petróleo e gás russo. Mesmo os supostos grandes vencedores de todo esse jogo, os estadunidenses, (já de olho no fornecimento dessas commodities para a UE a um preço mais elevado) talvez paguem um preço muito alto: Há anos China e Russia debatem e tentam costurar a criação de um sistema de pagamentos alternativo ao swift e ao dólar, se tal possibilidade se confirmar pode ser o baque mais duro que os EUA jamais enfrentaram. Alea jacta est.

Por Falco

Campeões absolutos

Os Estados Unidos durante o Século XX e XXI se envolveram em nada menos do que 33 conflitos armados, fora operações especiais e participações indiretas, em todo o Mundo. Não tem pra ninguém. Nessa mesma semana do confronto Russo-ucraniano os americanos realizaram ataques com drones a poderosa… Somália!

Por Bira

E nós nos lascamos também

Mas e aqui em Pindorama? Vamos sentir no lombo esse conflito? Bom… Já de cara o barril de petróleo passou de 105 US$. Em tempos de PPI…

Por Bacellar

Obsessão

E num dos momentos mais críticos dos últimos anos – pandemia e a iminência de um novo choque entre potências – quando era mais necessário do que nunca uma governança profissional e competente no Brasil, o que temos? O Biroliro e sua trupe de palhaços! Obrigado elite do atraso™! Estão de parabéns.

Por hoje é só, camaradas, que o tio tá mal depois de entornar o latão nesse carnaval virtual. Sim. É… De novo.

Semana que vem tem mais. Fiquem firmes. Xáu!

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