Como estratégia de destruição do Enem, o governo Jair Bolsonaro criou uma forma de ‘apagar o radar’ que monitora a segurança das operações do Exame, principal porta de entrada para as Universidades, diz o professor da USP Daniel Cara.
O desmonte do Enem está sendo levado a termo por Danilo Dupas, presidente do Inep, a autarquia que organiza a prova em nível nacional. Segundo Cara, “os servidores do Inep são comprometidos com o órgão e com o Exame”. Diante dos desmandos, em assembleia da Assinep (Associação dos Servidores do Inep) ocorrida na sexta-feira (4), os funcionários do órgão decidiram que vão lutar pela qualidade e segurança do Exame.
Sem o radar, problemas logísticos podem inviabilizar o Enem, que acontece nos dias 21 e 28 de novembro.
Ao todo, 37 servidores do Inep se demitiram às vésperas do Enem. Para o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), “além disso colocar o exame em risco, comprova que Bolsonaro esculhambou totalmente a educação no país, passando pelos ex-ministros Ricardo Vélez Rodríguez e Abraham Weintraub até chegar no reverendo Milton Ribeiro. Desastres completos!”, analisa.