Por: Douglas Meira
Nas olimpíadas de Tóquio de 2021, a China é a vencedora segundo o quadro ajustado de medalhas pelos Jornalistas Livres.
A separação da China em três partes (Hong Kong, Taiwan e China continental) tem sido uma retórica adotada pelas grandes empresas de comunicação ocidental para enfatizar a fragmentação da nação chinesa implementada pelo colonialismo europeu e norte-americano.
Hong Kong no final do século XIX foi ocupada pelos ingleses no pós-guerra do ópio. Neste confronto, os britânicos forçaram a China a permitir a comercialização da droga por companhias europeias.
Desde então, Hong Kong se tornou um reforço neocolonial. Somente em 1997, os britânicos devolveram o território à República Popular da China. Este processo adotou o modelo “um país, dois sistemas”.
Por outro lado, Taiwan consistiu na continuidade da República da China implementada apoiado pelo exército norte-americano. Em 1949, a República da China foi substituída pela República Popular da China em quase todo território Chinês. Após várias derrotas militares das tropas do Kuomintang (anticomunistas), Chiang Kai-Shek foge para Ilha de Taiwan cerca de 120km da costa continental. Com o apoio do império estadunidense, a ilha se tornou a base de um governo paralelo de orientação capitalista e subordinado aos EUA. Até 1972, a ONU somente reconhecia o governo fantoche de Taiwan como representante do povo chinês. Hoje, Taiwan, Taipei ou Taipé não é reconhecida pela maioria das nações do mundo, formalmente sequer os EUA reconhecem a existência da nação. Contudo, seguem comercializando armamento e apoiando economicamente o território, com o intuito de controlar a costa leste asiática.
Manter a contagem de três diferente Chinas no quadro de medalhas é reforçar o colonialismo britânico e norte-americano.
Vejam o programa onde tratamos destes e outros assuntos relacionados a esportes na China: