​Em reunião com Lula, reitores criticam os retrocessos da educação no atual governo

Por Patrícia Adriely, para os Jornalistas Livres
Foto: Ricardo Stuckert

Os estudantes da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e integrantes do DCE da universidade, Igor Félix, de 21 anos, Ernesto Elias, de 20 anos e Nicole Point, de 19 anos, acordaram cedo para ver o ex-presidente Lula em sua visita ao local no dia 29 de outubro. “Viemos em defesa da democracia”, afirmou Igor. “Reconhecemos a importância que o governo dele deu para a educação, ampliando o ensino para o interior”, complementou Nicole.

Na ocasião, o ex-presidente realizou uma reunião com 17 reitores e representantes de universidades e Institutos Federais de Minas Gerais. O estado é o que possui o maior número de instituições públicas de ensino superior. Os profissionais destacaram as dificuldades que as instituições vêm enfrentando após os cortes realizados pelo atual governo. “Temos uma relação de 28 alunos por técnico. O sugerido pelo MEC é 15”, relatou o reitor da Universidade Federal de São João del-Rei, Sérgio Augusto Cerqueira.

Já o reitor do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, José Ricardo Martins da Silva, contou que “com o orçamento de 2018, fomos orientados a colocar somente o custeio”. Segundo o diretor da Universidade Estadual de Minas Gerais em Diamantina, “o corte de gastos tem atingido diretamente as universidades”.

Foto: Ricardo Stuckert

Lula encorajou os reitores neste momento complicado. “Vocês estão na linha de frente dessa batalha. Não pode entrar nas costas de vocês a herança maldita que o golpe está deixando. Essa reunião nos convoca a uma luta mais séria em relação à educação”.

Retrocessos após o golpe 

A outra passagem do dia da caravana de Lula foi em Cordisburgo. O ato contou com diversas pessoas de cidades da região, como Sete Lagoas, Morro da Graça e Contagem, que ressaltaram as dificuldades da população após o governo Temer.

A pescadora Glória Silva, encarou uma viagem de seis horas, saindo da cidade de Três Marias. “Estamos vivendo uma luta de classes e isso faz com que a gente saia da nossa cidade para apoiar o Lula. A classe mais pobre é a que está mais sofrendo. Estou aqui para defender o futuro dos meus filhos e meus netos”. A professora Mestiça Samarino também viajou, saindo de Contagem, para fazer parte do ato.

“Estou nessa luta porque acredito nesse Brasil. Essa caravana vai renovar as esperanças de um novo país”.

O servidor público, Manoel Elias Nash, de 63 anos, criticou a retirada de direitos, por meio da reforma trabalhista e congelamento de investimentos. “Tenho a esperança de um país melhor e que vamos reverter esse quadro”, finalizou.

Foto: Ricardo Stuckert

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